PT diz que vai reagir se Câmara abrir cassação

 

Perto da decisão da cúpula da Câmara Federal sobre a abertura ou não do processo de cassação do mandato do deputado licenciado José Genoino (PT-SP), condenado no processo do mensalão, líderes do PT prometeram “reação” caso a perda do mandato comece a ser analisada. As informações são da Folha de S. Paulo.

A Mesa Diretora da Casa deve se reunir nesta terça-feira (3) para discutir se dará início ao processo de cassação. Dos sete parlamentares que integram a Mesa e que avaliarão o caso, quatro já declararam ser favoráveis ou tendem a apoiar a instauração imediata do processo. O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) está na lista.

Os outros três acreditam que é preciso adiar a decisão. O vice-presidente da Casa, André Vargas (PT-PR), está entre eles.

O partido defende que Genoino não pode ser alvo de um processo de cassação por estar licenciado por questões de saúde. A ideia é que a abertura do processo seja adiada até que ele possa ser reavaliado pela junta médica da Câmara.

O líder do PT, deputado José Guimarães (CE), que é irmão de Genoino, afirmou que haverá uma reação da Câmara se o processo avançar. Além disso, ele também defendeu o adiamento do processo. “Se aparecer algum carrasco querendo cassar o Genoino precipitadamente, essa Câmara reagirá”, disse.

A ação, no entanto, não foi especificada pelo líder do PT.

O vice-presidente da Casa, representante do PT na Mesa, retomou nesta segunda-feira (2) os contatos com os integrantes da Mesa e chegou a fazer um “apelo” público para a suspensão do caso do deputado licenciado.

“O apelo que farei na sessão, por humanidade, por direitos humanos, pelo princípio da ampla defesa, pela espera, aguardando que no passo seguinte, se eventualmente for avaliado, que ele tem condições, que se faça [a cassação]“, disse Vargas.

“As medidas mais duras já foram tomadas. Agora, seria acrescer uma pena a mais a alguém que nós entendemos, mas deve se cumprir a lei, injustamente apenado. Por que a Câmara agiria com uma perversidade tal? Qual seria a proteção, o tipo de proteção que estaria sendo atribuído à Câmara?”, questionou o vice-presidente da Câmara.

Ele ainda completou dizendo que “ele não tem condições de se defender”. “Isso não é manobra, é uma defesa à luz do dia, é o apelo que farei amanhã, de humanidade”, disse.

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