Quatro anos depois, Botafogo e Vasco se encontram na elite

Em 2013. O alvinegro Octávio disputa a jogada com os vascaínos Jomar (à frente) e Nei: times empataram em 2 a 2
Em 2013. O alvinegro Octávio disputa a jogada com os vascaínos Jomar (à frente) e Nei: times empataram em 2 a 2 Foto: Ivo Gonzalez / Ivo Gonzalez/20-10-2013
Bruno Marinho e Eduardo Zobaran – O Globo

Em um olhar retrospectivo, é possível dizer que éramos consideravelmente mais puros em 2013. Naquele tempo, lava-jato não remetia à corrupção e 7 a 1 não era sinônimo de vexame; impeachment era exclusividade de Fernando Collor de Mello, e rebaixamento, uma única página triste nas histórias de Botafogo e Vasco. Hoje, no Nilton Santos, as equipes voltam a se enfrentar pelo Campeonato Brasileiro, depois de quatro anos. Foi tempo suficiente para os clubes e o país serem virados do avesso.

Pelo menos o contexto do confronto desta noite é bem mais nobre do que o passado recente das duas equipes. Quem vencer será o carioca mais bem colocado na tabela da Série A. Com 15 pontos, garantirá um lugar entre os seis primeiros colocados, na zona de classificação para a Libertadores. Cenário que contrasta com as duas quedas do Cruz-maltino, em 2013 e 2015, e o descenso alvinegro, em 2014.

É justamente a gangorra vivida pelos rivais que explica o longo período sem que o clássico ocorresse na principal competição do país. Botafogo e Vasco atravessaram problemas econômicos e esportivos semelhantes, e atualmente o primeiro sinaliza para o segundo a forma de sobreviver dignamente na selva da Série A.

Isso porque o alvinegro de Jair Ventura, em meio às limitações de investimento, apostou em um esquema de forte defesa e contra-ataque para escapar do rebaixamento ano passado e se tornar um dos brasileiros mais sólidos na Libertadores deste ano.

— Nossa equipe vem se doando ao máximo. Sabemos da importância do clássico e da força da nossa torcida — frisou Rodrigo Pimpão, confiante.

Briga pela Libertadores

O mesmo caminho, Milton Mendes tenta traçar em São Januário. Com menos recursos que vários rivais no Brasileiro, o Vasco aposta no espírito coletivo para se sobressair na competição. Por enquanto, o time desacreditado se mantém no lado de cima da tabela.

— Não vai ser fácil, mas temos qualidade para brigar pela Libertadores. O Vasco e eu não temos que provar nada a ninguém — afirmou Luís Fabiano, esperança do time hoje.

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