Quem manda é ele: presidente rebaixou seu auxiliar

As reações extremadas da Polícia Federal às declarações de Jair Bolsonaro nesta sexta (18) foram transmitidas ao Planalto, com jeito, pelo ministro Sergio Moro (Justiça) e pelo diretor-geral da corporação, Maurício Valeixo. Toda a cúpula da PF insinuou que pediria para deixar os postos se houvesse interferência do presidente na Superintendência do Rio.

O atual superintendente da PF fluminense, Ricardo Saadi, disse a pessoas próximas que de fato havia manifestado disposição de deixar o cargo, mas não dessa forma, com tamanha exposição.

Painel ouviu três ex-ministros da Justiça sobre o episódio. Eles classificaram a atitude de Bolsonaro como inédita no regime democrático, altamente ofensiva à autonomia dos policiais federais e corrosiva para a autoridade de Sergio Moro. Ao dizer que é ele quem manda, o presidente rebaixou seu auxiliar.

“Eu fico pasmado de ver pessoas que têm envergadura e luz própria se curvarem, sem nenhum tipo de resistência.” A frase foi dita nesta sexta por Gustavo Bebianno, ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência, após a confusão instalada entre Bolsonaro, Moro e a Polícia Federal. (Daniela Lima – Painel – FSP)

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