“Quero evitar manifestação atrasada e babaca”

Lia de Paula: Em discurso na tribuna do Senado, senador Romero Jucá (PMDB-RR)

O senador Romero Jucá (PMDB-RR) utilizou, nesta terça-feira (24), a tribuna do Senado pela primeira vez após deixar o Ministério do Planejamento em função do vazamento das gravações onde aparece conversando com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado um pacto para “mudar” o governo e estancar “a sangria” decorrente das investigações da Operação Lava Jato.

“Não fiz nenhuma ação para impedir a investigação da Lava Jato. Estarei à disposição para debater com todos: fundamentalistas, petistas, arrivistas, qualquer um que queira levantar qualquer tipo de questionamento”, disparou Jucá. Ele pretende fazer um discurso em sua defesa nesta quarta-feira (24).

“Não cometi nenhum ato de irregularidade. O presidente Michel Temer pediu que eu continuasse no ministério, mas eu entendi que, para que as coisas sejam esclarecidas e evitar exatamente esse tipo de manifestação atrasada, irresponsável e babaca de algumas pessoas, eu encaminhei ao seu Rodrigo Janot [procurador-geral da República] solicitando informação se na minha fala que foi gravada, à minha revelia, se há algum crime ou alguma imputação de conduta irregular. Falei com o presidente Michel, me afastei enquanto a PGR não responder a essa questão. Estou muito tranquilo, afirmou em reação ao discurso feito pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) sobre o assunto”, disse.

Irritado, Jucá também comparou os 12 dias do governo interino de Michel Temer com o “governo atrasado” da presidente afastada Dilma Rousseff que, segundo ele, “enganava a população e fez um golpe quando mentiu na eleição de 2014 e imputou a outros candidatos o que ela [Dilma] faria depois”, disparou.

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