Randolfe Rodrigues: para barrar um golpe, é “fundamental” que o mundo reconheça rapidamente o resultado das urnas

À agência argentina Télam, Randolfe falou também sobre a necessidade de Lula vencer no primeiro turno: “há risco para a vida dos brasileiros em um possível segundo turno”

www.brasil247.com - Randolfe Rodrigues, Geraldo Alckmin, Lula e Jair Bolsonaro
Randolfe Rodrigues, Geraldo Alckmin, Lula e Jair Bolsonaro (Foto: Pedro França/Agência Senado | Ricardo Stuckert | Isac Nóbrega/PR)

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que faz parte da coordenação da campanha do ex-presidente Lula (PT), afirmou à agência de notícias argentina Télam ser “fundamental” que a comunidade internacional reconheça rapidamente o resultado da eleição em 2 de outubro.

Para ele, o reconhecimento do resultado das urnas pelo mundo colocará uma barreira nas intenções golpistas de Jair Bolsonaro (PL). “É fundamental que os governos da América Latina e a comunidade internacional reconheçam o resultado da justiça eleitoral tão logo seja proclamado. Isso neutraliza a possibilidade de instabilidade interna e ataques à ordem democrática”, declarou o parlamentar. “Este é o cenário ideal para nós”.

O senador ainda falou em “risco de vida” em caso de um segundo turno, ressaltando a necessidade de dar a vitória a Lula já na primeira etapa do pleito. “O caráter desta eleição não é algo político. Vencer no primeiro turno não é um cálculo político, mas tem a ver com a agenda democrática e civilizadora. Há risco para a vida dos brasileiros em um possível segundo turno”.

“Quanto mais próxima a data, maior o nível de violência. Um resultado desfavorável no dia 2 de outubro ou uma grande diferença que possa inviabilizá-lo no segundo turno, pode levar à radicalização do bolsonarismo”, complementou.

Randolfe foi perguntado sobre o risco de as Forças Armadas embarcarem em um golpe de Bolsonaro, mas o senador se mostrou mais preocupado com o que pode ocorrer para além das instituições, dada a quantidade de armas espalhadas entre civis pelo governo Bolsonaro. “Nossa maior preocupação é a falta de controle de armas e munições nas mãos de civis. Acho que as Forças Armadas vão se submeter à Constituição. As polícias militares dos estados podem ter algum tipo de insatisfação, mas não acredito em motins ou revoltas. A preocupação é com o que não tem controle, os clubes de tiro, as armas nas mãos dos civis incentivados pelo governo”.

O senador explicou que Lula tenta agora focar nos que se abstiveram do voto em 2018 e no eleitorado de periferia, onde há uma espécie de ‘voto do medo’, para garantir a vitória. “O fascismo agora quer implementar a política do medo para não ir votar. Há uma campanha flagrante pelo medo para que os eleitores de Lula não vão votar. Não podemos permitir a intimidação dos eleitores de Lula nas áreas mais populares. Devemos nos mobilizar e ocupar as ruas. Não é ficar em casa, é ir às ruas e ir votar”.

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