Reféns do Sendero Luminoso são resgatados no Peru, entre eles 26 crianças

As pessoas resgatadas estavam em um acampamento que seguia a ideologia maoísta da organização terrorista

Reféns do Sendero Luminoso, organização terrorista, foram resgatados no Peru, entre eles 26 eram crianças
Reféns do Sendero Luminoso, organização terrorista, foram resgatados no Peru, entre eles 26 eram crianças

A polícia e as Forças Armadas do Peru resgataram 39 pessoas, entre elas 26 crianças, que se encontravam na floresta sob o domínio da organização terrorista Sendero Luminoso, informou na última segunda-feira o vice-ministro peruano do Ministério da Defesa, Ivan Vega. O funcionário explicou à emissora peruana Canal N que os reféns estavam em um acampamento situado no município de San Martín de Pangoa, na região de Junín e dentro da área denominada como o Vale dos Rios Apurímac, Jan e Mantaro (conhecida pela sigla VRAEM).

Vega afirmou que os menores têm de um e 14 anos e no grupo há pessoas que foram sequestradas há 25 anos de um convento na cidade de Puerto Ocopa.”Muitas destas crianças nasceram ali e foram geradas por estupros cometidos pelos senderistas”, disse Vega. Segundo ele, os membros do Sendero Luminoso utilizam as mulheres jovens para procriar e trabalhar no cultivo de alimentos e criação de animais para o sustento dos terroristas.

 

As crianças nascidas no acampamento são doutrinadas conforme a ideologia maoísta da organização terrorista e, posteriormente, integradas à atividade subversiva, disse Vega. “O líder terrorista José Quispe Palomino deve entender que a população civil não pode ser escravizada. Não há nenhum peruano escravo e o governo não vai permitir isso”, afirmou o vice-ministro. Vega informou que as pessoas resgatadas do acampamento do Sendero Luminoso serão transferidas à cidade de Mazamari, também na região de Junín, para tentar encontrar parentes fora do VRAEM. Os menores sem tutores ficarão sob a custódia do Ministério da Mulher e Populações Vulneráveis.

O principal grupo do Sendero Luminoso segue atuando no VRAEM, uma extensa e escarpada região de floresta que o governo classifica como em permanente “estado de emergência”, já que nesse local também estão as maiores plantações ilegais de folha de coca do país.

(Veja com agência EFE)

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