Reforma trabalhista será enviada ao Congresso no final do ano

Michel Temer

Um dia após garantir em Pernambuco, num ato promovido pela UGT no município do Cabo de Santo Agostinho, que o governo Michel Temer não pretende mexer na CLT nem suprimir direitos dos trabalhadores, o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, disse no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (25), que o projeto de reforma trabalhista seguirá para o Congresso na primeira quinzena de dezembro.

O objetivo da reforma, segundo ele, é apenas “atualizar” a legislação trabalhista e não revogar direitos dos trabalhadores.

“Quero reiterar aqui, até para que não tenha nenhuma especulação por parte de alguns setores que são mal intencionados, que direito você não revoga, direito você aprimora. Trabalhador não corre nenhum risco de perder direito. Não há nem a possibilidade de parcelamento de décimo terceiro, não há nenhuma possibilidade de fatiamento de férias, não há nenhuma possibilidade de aumento de jornadas de trabalho e não há nenhuma possibilidade de alteração das regras do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço”, garantiu o ministro após participar do seminário comemorativo dos 75 anos da Justiça do Trabalho, no Rio de Janeiro.

Esse pode até ser o desejo do ministro do Trabalho, que foi indicado pelo PTB, mas não é o que deseja a equipe econômica do presidente Michel Temer.

Disse o ministro, falando em nome próprio e não do governo: “O problema não está no salário do trabalhador. O salário não onera a produção. Nós precisamos quebrar alguns paradigmas porque salário não é despesa. É investimento. O trabalhador é fundamental para o desenvolvimento de riquezas de uma nação. Precisamos olhar com muito carinho para o trabalhador, porque as necessidades do filho do trabalhador não são diferentes das necessidades do filho do empregador”.

Em Recife, o ministro deu posse ao novo superintendente regional do Trabalho em Pernambuco, Eduardo Geovane Freitas, que substituiu André Figueiredo.

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