‘Rei dos blefe’ em Portugal, Jorge Jesus repete estratégia com Gabigol no Flamengo

Gabigol foi a surpresa de Jorge Jesus na escalação do Flamengo

Gabigol foi a surpresa de Jorge Jesus na escalação do Flamengo Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

Gabigol lesionado? Tudo pode ter sido um blefe de Jorge Jesus — e não seria algo absurdo a ser cogitado sabendo do seu histórico. A escalação do camisa 9 do Flamengo contra o Internacional, no Maracanã, pela Copa Libertadores, pode ter sido uma estratégia do técnico português para confundir o adversário. E isso foi feito — muitas vezes — em Portugal.

Não à toa, o apelido de “rei do blefe” foi criado pela imprensa portuguesa após Jorge Jesus ter “blefado” em 22 dos 37 clássicos disputados entre 2009 e 2015 em terras lusitanas. A lista feita pelo jornalista Rui Miguel Gomes, do site “O Jogo”, traz jogadores que tiveram ausência informada, mas entraram em campo; nomes que seriam poupados, mas apareceram como titulares; e até falsas lesões que se transformaram em classificações.

Um dos exemplos clássicos foi em 2009, quando Jesus descartou a escalação de Javier Saviola no Benfica, em clássico contra o Sporting. No entanto, o argentino atuou por 86 minutos e levou a equipe à vitória. Naquele mesmo ano, o brasileiro Ramires e o também argentino Pablo Aimar atuaram no triunfo contra o Porto após terem sido vetados anteriormente.

Gabigol foi a surpresa de Jorge Jesus na escalação do Flamengo

Gabigol foi a surpresa de Jorge Jesus na escalação do Flamengo Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

Outro momento lembrado foi em 2012, quando o treinador decidiu não escalar os zagueiros Luisão e Garay, bancando o reserva Jardel na equipe. Com a bola rolando, a dupla titular foi para campo, mas a estratégia não deu certo: derrota no clássico para o Sporting.

Já na Taça de Portugal de 2015, pelo Sporting, Jesus disse que o meia Bryan Ruiz e o atacante Slimani eram dúvidas, mas os dois atuaram na partida — com os leoninos vencendo com um gol do centroavante na prorrogação.

— Se pensarmos em cartas, o jogador pode fazer um blefe nas cartas — justificou Jorge Jesus na ocasião.

Trazendo a situação para o Flamengo, Gabigol foi ausência na lista de relacionados divulgada por conta de dores musculares, mas teria realizados novos testes no vestiário e mostrou-se apto para atuar. Dentro de campo, ajudou a equipe a construir o placar por 2 a 0 contra o Internacional, nesta quarta-feira.

No entanto, o que levanta a suspeita do “blefe” foi a desenvoltura do camisa 9: correndo, dando carrinho, não sendo substituído e mostrando a mesma disposição de sempre. Fisicamente bem, não pareceu atuar no sacrífico. Se foi uma estratégia de Jorge Jesus, deu certo.

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