Ruralistas brasileiros financiam movimento golpista que promove massacre na Bolívia

Ao menos três brasileiros fazem parte da diretoria da Associação Nacional dos Produtores de Oleaginosas e Trigo (Anapo), que doou pelo menos 50 mil dólares para o Comitê Cívico de Santa Cruz, presidido pelo violento líder golpista Luis Fernando “Macho” Camacho

Luis Fernando Camacho e, no detalhe, a diretoria da Anapo (Montagem)

Responsáveis por 35% da produção anual de soja na Bolívia, um grupo de ruralistas brasileiros financiam o Comitê Cívico pró-Santa Cruz, presidido pelo líder golpista Luis Fernando Camacho – que se reuniu com o chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, em maio no Itamaraty.

Segundo reportagem de Priscilla Arroyo, no site De Olho nos Ruralistas, Jose Guilherme Gomes dos Reis, paraense naturalizado boliviano, o mineiro Roberto Zacarias Valle e o paranaense Elmo Sanches Flumignan fazem parte da diretoria da Associação Nacional dos Produtores de Oleaginosas e Trigo (Anapo), que doou pelo menos 50 mil dólares para o comitê de Camacho em 2005 – a maior parte desse dinheiro saiu dos produtores de soja brasileiros, segundo a reportagem.

No dia 8, antes da queda de Evo Morales, representantes das duas organizações e a Câmara Agropecuária do Oriente participaram de um protesto contra o que consideraram “ameaça de confisco às propriedades privadas”.

O próprio José Guilherme Soares, em entrevista ao jornal Zero Hora, afirmou que Morales estava “virando um ditador”. “Se houve golpe, foi a fraude eleitoral do Evo”.

Uma das principais frentes defendidas por Evo Morales foi a política de acesso à terra aos camponeses e o controle da exportação de alimentos, o que sempre foi visto pelos latifundiários como uma ameaça.

Leia a reportagem completa no site De Olho nos Ruralistas

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