Segundo MP, Marília contratou parentes de chefe de gabinete como “fantasmas”

Da Época — Investigada pelo Ministério Público de Pernambuco por esquema de rachadinha por meio de funcionários fantasmas, conforme mostrou o repórter Hugo Marques, Marília Arraes contratou parentes de seu chefe de gabinete, Victor Fialho, que, segundo o MP, teriam participado do esquema.

Foram contratadas a mãe, a tia e a prima de Fialho.

De acordo com o MP, a mãe, Eugênia Fialho, e a prima, Clarissa Fialho, trabalhavam em outros órgãos e empresas enquanto recebiam remuneração da Câmara Municipal do Recife.

Quando o MP tentou ouvir a tia de Victor Fialho, Julieta Fialho, recebeu a informação de que ela não poderia depor porque sofre de distúrbios mentais e encontrava-se sob rigoroso acompanhamento psiquiátrico.

Os salários dentro do gabinete variam de R$ 1,2 mil a R$ 5 mil.

“Causa estranheza a ação ter o mesmo fato de uma outra arquivada em fevereiro de 2019”, diz Marília Arraes.

O MP-PE pede a devolução de parte do salário de todos os funcionários do gabinete da vereadora, de todos os meses, desde o primeiro mandato em 2009, num total de R$ 156 mil.

No gabinete, os empregados do gabinete ficavam com apenas 40% da verba e, segundo o informe que gerou o inquérito no MP, Marília enviava um capataz para acompanhar o funcionário até o caixa onde era realizado o saque e o mesmo retinha 60% do salário.

Em nota divulgada hoje, Marília Arraes afirma que causa estranheza a fato de a ação ter o mesmo fato de uma outra ação arquivada em fevereiro de 2019 e pela qual foi absolvida. Marília menciona que, à época, o Ministério Público Estadual afirmou não encontrar indícios de que ela se apropriava de parte do salário dos funcionários. Também diz que ainda não foi intimada a apresentar sua defesa na nova ação.

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