O vereador bolsonarista Nikolas Ferreira, de Belo Horizonte, nas manifestações de 7 de setembro
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O vereador bolsonarista Nikolas Ferreira, de Belo Horizonte, nas manifestações de 7 de setembro

O vereador Nikolas Ferreira (PRTB) foi barrado no Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, por não apresentar o comprovante de vacinação contra covid-19 . Em uma sequência de stories postados no Instagram, o parlamentar narrou, contrariado, a situação.

“Cheguei aqui pra ir no Cristo e tem um comunicado aqui falando que precisa de comprovação de carteira de vacinação pra poder ir ver o Cristo”, disse o bolsonarista. “Perguntei ali pra mulher: ‘se eu for ali fazer um teste PCR, mostra que não to com corona, posso entrar?’, ela: ‘não’. Ou seja, eu comprovo que não to com o vírus e nada, mas não posso entrar. Aí você acha que isso diz respeito à proteção? Não, isso diz respeito a controle”, prosseguiu.

Ele comparou a exigência às políticas de Adolph Hitler. “Vai vendo onde isso vai acabar. Vai vendo onde essa m… vai acabar. ‘Ah, mas o funcionário não tem problema, só está cumprindo ordens’. Eu já ouvi isso em algum lugar. Onde ouvi isso? Ah, o cara que tinha o bigodinho… Eu estou bolado”.

Nikolas filmou o momento em que conversava com uma das funcionárias do ponto turístico. Ao perguntar o que acontece com pessoas que não apresentam o documento, ele ouviu: “volta para casa”.

O chamado ‘passaporte da vacina’, comprovante que atesta as duas doses ou a dose única da imunização contra covid-19, foi adotado pelo Rio de Janeiro por meio de decreto municipal em 27 de agosto. O documento é obrigatório para acessar locais e serviços públicos ou de uso coletivo, como academias, estádios, ginásios, cinemas, teatros, museus, entre outros.

O vereador se coloca contra as políticas de mitigação do efeito da doença, como o uso de máscaras e o distanciamento social. Ele já discutiu com o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), por causa das medidas implantadas na cidade.

Nos stories, apesar de dizer que não estava fazendo “discurso antivacina”, Nikolas afirmou que não se vacinou por uma “opção pessoal”, chamando as vacinas de “experimentais”. Vale lembrar que todas as vacinas utilizadas contra covid-19 no Brasil receberam a autorização da Anvisa e de outras agências reguladora no mundo.