Sem salários, funcionários do Fluminense relatam dificuldades para pagar as contas

O presidente do Fluminense, Mario Bittencourt, falou do caso Clayton, do Vasco
O presidente do Fluminense, Mario Bittencourt, falou do caso Clayton, do Vasco Foto: Lucas Merçon / Fluminense
Marcello Neves e Rafael Oliveira

No Fluminense, o alívio de fim de ano se limita apenas a dentro das quatro linhas. Livre da ameaça do rebaixamento o clube chega nesta sexta-feira ao terceiro mês de salários atrasados. A marca, além de permitir que jogadores acionem o clube na Justiça, aumenta o drama dos funcionários, que veem o Natal chegar sem perspectiva de dinheiro no bolso.

EXTRA recebeu reclamações de empregados do clube que preferiram não se identificar. Os relatos vão sempre no mesmo sentido: de que suas dívidas estão se transformando em bolas de neve.

— Muitas vezes amigos e familiares ajudam, mas não dá para depender disso. O banco começar a cobrar e as dívidas estão aumentando — relatou um.

Para tentar amenizar o sofrimento dos funcionários, o Fluminense depositou R$ 1.400 na conta de todos os que possuem contrato CLT. O pagamento é relativo ao mês de setembro. Procurado pelo GLOBO, o clube não quis se manifestar.

— Não há qualquer sinalização de pagamento para a gente — afirmou outro dos funcionários.

Com as receitas penhoradas, o clube sofre todos os meses para cumprir com suas obrigações. No futebol, o ambiente não é bom. Cansados dos prazos não cumpridos, os jogadores cobraram a diretoria na terça, no CT. No dia seguinte, após o empate com o Fortaleza, o lateral Gilberto revelou que o presidente Mário Bittencourt prometeu quitar os atrasados depois da última rodada. O prazo não agradou ao atletas, já que eles estarão de férias e não poderão cobrar presencialmente um eventual novo atraso.

— Confiamos na palavra dele — contemporizou.

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