Sinpol denunciará ao MPPE suposta interferência em perícia de morte de foragido da Operação Turbulência

Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem

Com informações do Jornal do Commercio

O Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) afirmou que vai acionar o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) pedindo ao órgão para investigar uma denúncia de que papiloscopistas teriam sido impedidos de fazer perícia no quarto do motel onde foi encontrado o corpo do empresário Paulo César de Barros Morato, único foragido da Operação Turbulência. A Secretaria de Defesa Social (SDS) negou a acusação do sindicato.

“Os peritos foram ao motel quinta-feira (23) pela manhã colher impressões digitais, procedimento de rotina em todo crime para definir quantas pessoas estavam no local, mas disseram que havia ordem da SDS para eles recuarem, sem nenhuma justificativa”, afirmou ao Jornal do Commercio o presidente do sindicato, Áureo Cisneiros. De acordo com ele, a polícia tinha realizado apenas a perícia criminal no quarto, que é diferente da papiloscopia. O Sinpol também publicou uma nota com questionamentos políticos napágina da entidade no Facebook.

Em nota, a SDS rebateu o Sinpol afirmando que todas as perícias necessárias foram feitas na noite da última quarta-feira (22), quando o corpo foi encontrado no quarto de um motel em Olinda. A Secretaria disse ainda que a equipe de peritos foi ao local na manhã seguinte “espontaneamente e sem ordem superior”, “a pretexto de realizar uma perícia complementar no local, razão pela qual recebeu ordem para retorno.”

A Polícia Civil acredita que o empresário tenha morrido ainda na terça (21), no mesmo dia em que a Polícia Federal deflagrou a Operação Turbulência, em que ele era alvo de um mandado de prisão preventiva. Morato era dono de uma empresa de terraplanagem que recebeu da OAS R$ 18,8 milhões, supostamente desviados de verbas das obras da Transposição do Rio São Francisco para a campanha do ex-governador Eduardo Campos (PSB) em 2014.

Fonte: Jamildo Melo

 

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