Sintraf vai à Brasília discutir retorno da assistência técnica aos produtores familiares dos perímetros irrigados de Petrolina/PE

O Sindicato da Agricultura Familiar de Petrolina (Sintraf) e o comitê de agricultores familiares dos perímetros irrigados Senador Nilo Coelho, Bebedouro e Maria Tereza, no município, estão se movimentando após terem sido surpreendidos por uma notícia nada positiva dada em pleno dia do agricultor, lembrado em 28 de julho. Os produtores não disponibilizariam mais da assistência técnica rural (Ater) destinada á categoria pelo governo federal por meio da Codevasf em Pernambuco.

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De acordo com a presidente do Sintraf, Isália Damascena, a entidade já preparou documentos para serem enviados aos deputados e senadores que representam a região, mostrando que suspender a Ater é ilegal. A lei 12187/10, garante a assistência técnica rural aos pequenos produtores dos perímetros, e a 11326/06, regulamenta a agricultura familiar no Brasil.

A presidente adianta que solicitou uma audiência com a ministra da Agricultura e Pecuária, Katia Abreu e com o ministro do Desenvolvimento Social, Pepe Vargas. “Sabemos que o ministério da Integração Nacional suspendeu os recursos para a Codevasf manter a ater, mas essa ação tem que ser dos ministérios da Agricultura e Desenvolvimento Social”, informou Damascena. Ela disse que na audiência com a ministra pretende mostrar o prejuízo que será para a agricultura familiar a falta de assistência técnica para orientar na produção.

“Pagar assistência não temos condições e mesmo assim a ater é uma conquista legal que não vamos abrir mão”, enfatizou Isália. O documento pedindo audiência com a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, que é de conhecimento do ministério que aguarda uma data na agenda da ministra para marcar o encontro.

“Tivemos um retorno do gabinete da ministra que aguarda apenas um tempo na agenda dela para marcar a reunião no ministério. Vamos formar uma comissão para falar com a ministra e até tentar trazê-la aqui para ela ver a realidade local. Ver a importância dos produtores familiares dos perímetros irrigados para a região e país e o prejuízo que será sem a assistência técnica”, acrescentou Isália Damascacena.

O Sintraf também já acionou os deputados federais e senadores, como Humberto Costa, PT e Fernando Bezerra Coelho, PSB. “Quanto a Fernando, vamos pedir apoio lá e aproveitamos a vinda de Humberto á Petrolina neste dia 30 e conversamos pessoalmente com ele. Mostramos a gravidade da medida. Ele recebeu nosso pedido e vai buscar ajudar no que puder. Queremos que ele intermediei essas audiências com os ministros”, esclareceu Isália.

O produtor e vice-presidente do Sintraf, Enildo Santana, ressalta que os agricultores negociam a redução do quadro de Ater para atender no processo produtivo e em outras etapas do plantio, mas ficam sem assistência técnica será um caos para a agricultura irrigada dos lotes familiares.

“São 8 agrônomos e 15 técnicos. Queremos pelo menos a metade disso. Estamos abertos a negociação, apenas o direito de ficar com o mínimo”, disse Enildo. O produtor lembra que os produtores estão cumprindo com sua parte na questão dos flutuantes, entrando com sua contrapartida numa obra que visa evitar maiores prejuízos à produção irrigada, devido a redução hídrica na região do vale do São Francisco.

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