SSP recebeu pedidos para matar criminosos: ‘Não somos justiceiros’, diz secretário

matador de estudante
A Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) recebeu solicitações que pediam que a polícia matasse os criminosos envolvidos no assassinato da estudante de Medicina Marianna Oliveira Teles, de 22 anos, após tentativa de assalto no bairro do Costa Azul. “Por incrível que pareça, até depois de um fato como este, nós da polícia recebemos informações de solicitações por parte da sociedade de que o melhor seria se os autores do crime viessem a ser mortos pela polícia”, contou o secretário Maurício Barbosa, durante coletiva sobre o caso. Segundo ele, pedidos como este fazem com que seja necessária uma “reflexão” sobre a qualidade do sistema prisional atual. Mais cedo, Barbosa criticou o fato de a Justiça liberar criminosos reincidentes. “A partir do momento em que a sociedade não acredita mais de que a aplicação da lei não dificultaria a operação criminosa, onde nós estamos vendo a impunidade crescendo no país, quando só resta a morte como opção, toda uma cadeia dentro desse processo precisa ser reformulada”, acredita. Questionado sobre como a SSP via pedidos como estes, o secretário defendeu que as forças policiais atuam dentro do processo legal, mas que mudanças são necessárias. “Se o sistema não funciona, vamos melhorar o sistema. Nós não somos justiceiros, nós temos a intenção de aplicar a lei. Agora nós precisamos fazer com que todo o sistema de segurança pública seja aperfeiçoado”, avaliou. “Não podemos chegar em uma situação como essa, em que a família ainda está chorando luto, querer fazer proselitismo, discurso barato. Então eu prefiro acreditar que todas as pessoas que se indignaram, que tenham condições de mudar esse panorama, auxiliem as polícias e a SSP a melhorar a qualidade da segurança”, concluiu.

Já no município de Juazeiro várias pessoas comemoraram quando um bandido tomba crivado de balas mesmo sem saber que são os matadores. Em vários bares do centro, bairros e nas localidades da zona rural estão até fazendo festa. Um dos principais motivos diante dessas comemorações é de que Juazeiro não se torne uma Salvador, Rio de Janeiro ou São Paulo.

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