STF divulga conversas de jornalistas mesmo sem crime

O Globo

Ao retirar o sigilo das investigações da Lava-Jato feitas a partir das delações da JBS, o Supremo Tribunal Federal divulgou também os arquivos de áudio de mais de 2.800 ligações de alvos da operação, em conversas sem nenhuma ligação com a prática de crimes e com pessoas contra quem não pesava nenhum tipo de acusação.

Embora tenha sido o STF que liberou o acesso aos arquivos, ainda não está claro como nem por quê as conversas foram divulgadas, já que não têm nenhuma relevância para o caso sendo apurado.

As gravações foram realizadas pela Polícia Federal, com autorização judicial, durante o monitoramento do senador afastado Aécio Neves, de sua irmã, Andrea, do deputado federal Rodrigo Rocha Loures e de outros implicados na delação dos donos da JBS.

A inclusão da gravação da conversa entre o jornalista Reinaldo Azevedo e Andrea Neves no inquérito que apura a conduta do senador Aécio Neves não foi a primeira vez,

Procurada, a terceira parte que teve acesso aos áudios, a Polícia Federal, ainda não se manifestou.

Está não foi a primeira vez, no âmbito da Operação Lava-Jato, em que grampos feitos pela PF foram anexados aos autos sem que houvesse uma clara ligação com os fatos investigados: conversas entre o ex-presidente Lula e o ex-prefeito do Rio Eduardo Paes; entre a ex-primeira-dama Marisa Letícia e seu filho e entre o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) e o ministro do Supremo Gilmar Mendes também foram liberadas.

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