Sucessão vai às ruas antes do previsto em Pernambuco

Pelos cálculos do Partido Socialista Brasileiro, o debate sobre a sucessão do governador Eduardo Campos só seria deflagrado a partir de janeiro. O partido esforçou-se como pôde para impedir a sua precipitação, mas foi atropelado pelo PTB e o PT na última sexta-feira. Esses dois partidos se juntaram para declarar sua independência em relação ao governador, que pela tradição política de Pernambuco é quem deve comandar a sucessão estadual.

Ao PTB e ao PT deverá juntar-se o Partido Progressista, que controla o Ministério das Cidades e tem como principal líder em Pernambuco o deputado Eduardo da Fonte. Esse partido, aliás, já dissentiu da Frente Popular em 2012 ao optar pela candidatura do senador Humberto Costa à prefeitura do Recife, em detrimento da de Geraldo Júlio. Os três pretendem caminhar juntos no próximo ano porque não se subordinam mais à liderança política do governador.

Foi o primeiro passo dado para a desagregação da Frente Popular, que já estava prevista para ocorrer, mas só em 2014. Para manter o que dela restará, só há duas saídas para o governador: concluir o mandato ou ser candidato ao Senado. Até como candidato a presidente da República será difícil para ele manter a unidade das forças que o reelegeram em 2010. (Inaldo Sampaio)

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