Suspeitos de envolvimento na morte de taxista na Bahia são identificados

Durante o encontro, o oficial da PM informou que os dois outros recentes assassinatos de taxistas estão relacionados às atividades ilícitas que exerciam

Os suspeitos de envolvimento na morte do taxista Antônio Carlos Silva Santos, 52 anos, ocorrida durante um assalto no bairro do Stiep, em Salvador, no último dia 25 de junho, já foram identificados. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), também já foi solicitada à Justiça a expedição de mandados de prisão contra os suspeitos.

Antonio Silva Santos foi morto em suposto assalto no Stiep
(Foto: Juarez Soares/ Reprodução)

No final da manhã desta segunda-feira (6), um grupo de taxistas foi atendido pelo assistente militar da Secretaria da Segurança Pública, major PM Maurício Botelho,  na sede da instituição, localizada no Centro Administrativo da Bahia (CAB).

O grupo deixou o posto do metrô, na Rótula do Abacaxi, por volta das 10h30, e seguiu em carreata até a sede da Secretaria da Segurança Pública, no CAB. Eles reivindicam mais segurança.

Na tarde de ontem, um terceiro taxista foi vítima da violência em Salvador e Região Metropolitana em menos de um mês. Carlos André Castilho dos Santos, 36 anos, foi abordado por um grupo na rua Apolinária Maria José Silva, no bairro de Tancredo Neves, por volta das 15h40. Em seguida, ele foi atingido por diversos disparos de arma de fogo dentro do carro, modelo Voyage, placa PJB-9285.

“São três taxistas mortos em menos de um mês. Precisamos discutir essa violência e encontrar uma solução”, afirmou o  presidente da associação, Valdeilson Miguel.

Durante o encontro, o oficial também informou que os assassinatos de taxistas em Camaçari e Tancredo Neves estão sendo investigados pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e esclareceu que, no curso da investigação, foi detectado que os dois tinham envolvimento com atividades ilícitas.

Latrocínio no Stiep
Segundo a polícia, um homem entrou no táxi em um local também ainda indefinido, e solicitou a corrida até a Rua Aloísio Mascarenhas, onde matou o taxista com um tiro na altura do ombro. A Polícia Civil trabalha com a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte), pois a carteira e o celular da vítima foram roubados.

Segundo um representante comercial que mora na rua onde ocorreu o crime, o suspeito de ter cometido o crime vestia camisa branca, bermuda, tênis e carregava uma mochila. Ele conta que o taxista ainda conseguiu sair do carro gritando, antes de cair, a cerca de dez metros do carro, onde morreu.

“Eu estava dentro de casa, e ouvi os gritos de ‘pega ladrão’. Quando abri a porta, vi que o taxista estava correndo, já ‘catando ficha’, aí caiu de vez. O cara (assaltante) saiu andando normalmente. Ainda parou para ver o taxista cair, depois colocou a arma na bermuda e saiu correndo pela escadaria”, relatou o morador, sob anonimato, referindo-se a uma escada  que dá acesso à 1ª Travessa Lopes da Silva.

Após ser baleado, Antônio Carlos ainda chegou a ser amparado por populares, mas não resistiu e morreu no local. Segundo informações da 39ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Boca do Rio), o disparo teria ocorrido ainda no interior do carro.

Agentes do Departamento de Polícia Técnica (DPT), que fizeram a perícia no local, informaram que apenas um tiro foi disparado, atingindo Antônio Carlos na altura do ombro. De acordo com eles, porém, não havia manchas de sangue nem marcas de tiros dentro do veículo.

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