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Vacina que será testada no Brasil é uma das mais avançadas do mundo

O Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica Sinovac divulgaram a lista dos centros de pesquisa que realizarão os testes clínicos para uma possível vacina contra a Covid-19 , que será testada no Brasil. De acordo com o diretor do Instituto, Dimas Covas, a expectativa é de que os estudos em seres humanos sejam realizados já na semana que vem.

O projeto de vacina é um dos mais avançados do mundo e, caso apresente resultados positivos, pode ser distribuída gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em 2021. 9 mil voluntários brasileiros já estão cadastrados para testar o medicamento preventivo.

Além de São Paulo, os estado do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Brasília, Paraná e Rio Grande do Sul receberão as pesquisas, que serão conduzidas em 12 centros:

  • – Centro de pesquisa do Hospital das Clínicas de São Paulo
  • – Instituto Albert Einstein, São Paulo
  • – Instituto de Infectologia Emílio Ribas, São Paulo
  • – Hospital Municipal de São Caetano do Sul
  • – Hospital das Clínicas da Universidade de Campinas
  • – Faculdade de Medicina de Rio Preto
  • – Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP
  • – Universidade de Brasília
  • – Centro Evandro Chagas da Fiocruz – Rio de Janeiro
  • – Universidade Federal de Minas Gerais
  • – Hospital São Lucas da PUC-RS
  • – Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná

Segundo Dimas Covas, “os centros divulgarão os critérios de inclusão para que se inicie a campanha de receber os candidatos, que serão incluídos de acordo com critérios específicos”. O coordenador, porém, ainda não divulgou quais critérios serão considerados.

Ainda de acordo com Covas, os testes serão realizados no esquema 1 para 1, no qual metade das pessoas receberá uma dose da vacina enquanto um outro grupo será medicado com uma substância placebo – sem efeitos sobre a doença. A partir desse ponto, os voluntários serão observados por um organismo internacional responsáveis pelos estudos.

Para essa fase, não há um prazo definido, mas as expectativas são otimistas. “Isso pode acontecer muito rapidamente e é muito provável que antes do fim do ano nós já tenhamos esses resultados, pois estamos numa fase muito propícia à realização desse estudo”, afirmou o coordenador.

Distribuição da vacina

Caso a eficácia da vacina seja comprovada pelos testes clínicos, passará a valer o acordo de disponibilização já realizado entre o laboratório e o governo brasileiro. De acordo com Dimas Covas, o acordo inclui 60 milhões de doses para o Brasil, que serão distribuídas gratuitamente pelo SUS.

A produção em larga escala da possível vacina também está em fase avançada de negociação e será realizada pelo Insituto Butantan , cuja capacidade de produção é de até 100 milhões de doses.