Um ativo que Pernambuco Poderia utilizar bem melhor

Um ativo que Pernambuco Poderia utilizar bem melhor

Pernambuco é, ou pelo menos deveria ser, o principal ponto de atração turística do Nordeste. Tem as melhores praias do Brasil, uma culinária regional para ninguém botar defeito, e uma agenda cultural que só perde para São Paulo e Rio de Janeiro. No entanto, há muitos tampo o turismo pernambucano está reduzido a Porto de Galinhas (turismo de negócios) e a Fernando de Noronha (turismo de lazer). Registre-se, por dever de justiça, que Pernambuco empregou bem os US$ 125 milhões do Prodeur, obtidos no BID, para o fortalecimento de sua infraestrutura turística, do que resultaram a construção ou recuperação de 47 obras, entre elas o Forte Orange (Itamaracá) e Forte Santo Inácio (Tamandaré), o Mercado Eufrásio Barbosa (Olinda), a ampliação do Museu Cais do Sertão, etc. Todavia, duas outras frentes de batalha foram esquecidas nos últimos anos e deveriam constar do programa de governo do novo secretário Rodrigo Novaes. Primeira, a requalificação total do Centro de Convenções, onde não há sequer elevador e apenas uma lanchonete de quinta categoria.

Praia calhetas, Pernambuco

Comparado ao do Ceará, o nosso é um lixo. Segunda, uma agressiva política de divulgação do nosso “turístico histórico”, algo que nossos vizinhos não têm: o Forte das Cinco Pontas, os Montes Guararapes, o Cemitério dos Ingleses, as pontes do centro do Recife, o Paço Alfândega, o Sítio da Trindade, as velhas Igrejas de Olinda e de Igarassu, etc. O Ceará ainda hoje se beneficia de uma política de comunicação inteligente feita no governo de Ciro Gomes com mão de obra totalmente local e gratuita: Chico Anísio, Renato Aragão, Fagner, José Wilker e outros cearense famosos convidando os brasileiros para conhecerem aquele Estado. Deu tão certo que eles passaram a receber mais turistas do que nós, embora não tenham carnaval e nem São João do nível do nosso. Ou Pernambuco faz coisa parecida, começando pela reforma do Centro de Convenções, ou vamos continuar em segundo ou terceiro no Nordeste, perdendo para o Ceará e a Bahia.

Pernambuco precisa vender melhor o seu turismo histórico para atrair mais turistas

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