‘Viúvas da ditadura militar não aguentam cinco minutos de democracia’

Senador critica agressão a Stédile no aeroporto de Fortaleza

João Pedro Stédile - foto AGÊNCIA bRASIL

O senador Humberto Costa (PT-PE) solidarizou-se nesta quarta-feira (23) com o líder do Movimento dos Sem-Terra (MST), João Pedro Stédile, agredido por um grupo de 30 pessoas na madrugada de hoje quando desembarcava no Aeroporto Pinto Martins, em Fortaleza, para participar de um congresso.

“Quero registrar aqui o meu repúdio a uma agressão da qual foi vítima o dirigente nacional do MST ao desembarcar na capital cearense. Ele foi agredido de forma premeditada por um grupo de pessoas que compõe um desses movimentos que coordenam essa mobilização pelo impedimento da presidente Dilma”, disse o senador pernambucano.

Parlamentares de diversos partidos aproveitaram o discurso do senador e também se solidarizaram com Stédile.

Segundo o senador, as agressões registradas por telefones celulares e difundidas na internet “são mais uma demonstração do clima de intolerância política que existe hoje no país”.

“Esse clima é patrocinado por muitos que, em nome de uma pseudodemocracia, agridem pessoas em espaços públicos”, afirmou.

“Nós vemos o nosso país transformado em um espaço de expressão de ódio por uma minoria que não aceita a convivência democrática. Eles desrespeitam o voto popular e rompem com a legalidade democrática”, acrescentou.

Stédile foi a Fortaleza para participar, como convidado, de um congresso sindical e de um debate sobre reforma política e o combate à corrupção.

De acordo com o MST, a ação foi comandada pelo empresário do ramo imobiliário, Paulo Angelim, militante do PSDB.

O líder do Governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), disse em aparte que conhece parte das pessoas que hostilizaram o líder ruralista.

Segundo ele, são “viúvas” da ditadura militar, que não aguentam cinco minutos de democracia.

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