Tasso joga os pé em Aécio Neves

Desafeto de Aécio Neves desde a última campanha presidencial, o senador Tasso Jereissati(PSDB-CE) admitiu nesta terça-feira (11) que o político mineiro já prejudicou bastante a imagem partido e que é preciso rapidamente resolver este problema.

Muita falsidade para enganar o otário do eleitor

“Eu acho que o Aécio já prejudicou muito o partido. E, se isso for comprovado (a denúncia de Joesley Batista), é um negócio muito sério. Se essa mesada for realmente verdadeira, é uma questão muito séria”, disse o político cearense.
“A imagem do partido não pode mais ficar ligada a isso para o resto da vida. Tem que dar um jeito”, disse Jereissati, que já chegou a admitir em entrevistas anteriores que Aécio deveria se desligar do partido.

Além de Aécio, são investigados nesta operação os senadores José Agripino (DEM-RN) e Antônio Anastasia (PSDB-MG) e os deputados federais Cristiane Brasil (PTB-RJ), Benito Gama (PTB-BA) e Paulinho da Força (SD-PR).

O PSDB teria recebido R$ 64,6 milhões, o PTB R$ 20 milhões através de Cristiane Brasil, Benedito Gama e Luiz Rondon e o Solidariedade R$ 15 milhões por intermédio de Paulinho da Força e Marcelo Lima Cavalcanti.
Em nota, o advogado Alberto Zacharias Toron, que defende o senador Aécio Neves, afirmou:

O Senador Aécio Neves sempre esteve à disposição para prestar esclarecimentos e apresentar todos os documentos que se fizessem necessários às investigações, bastando para isso o contato com seus advogados.

O inquérito policial baseia-se nas delações de executivos da JBS que tentam transformar as doações feitas a campanhas do PSDB, e devidamente registradas na justiça eleitoral, em algo ilícito para, convenientemente, tentar manter os generosos benefícios de seus acordos de colaboração. A correta e isenta investigação vai apontar a verdade é a legalidade das doações feitas.

Já o deputado Paulinho da Força (SD-SP), também por meio de nota, afirma que “a delação da JBS foi desmoralizada publicamente e a fraude realizada pelos delatores foi comprovada com a prisão dos dois empresários pelo Superior Tribunal Federal (STF). A acusação absurda de compra de apoio do partido Solidariedade para a candidatura à Presidência de Aécio Neves, em 2014, beira o ridículo”.

“Desde a sua criação, em 2013, o Solidariedade já apoiava o candidato Aécio Neves por acreditar em seus projetos para o país”.

Já o senador José Agripino, que à época presidia o DEM, afirmou por meio dos seus advogados que não foi alvo de busca e apreensão em nenhum dos seus endereços.

“Enquanto presidente nacional do Democratas, o senador buscou, seguindo a legislação eleitoral vigente, doações para o partido. Doações que, solicitadas a diversas empresas, foram voluntariamente feitas sem que o ato de doação gerasse qualquer tipo de compromisso entre o doador e o partido ou qualquer dos seus integrantes. O senador permanece à disposição da Justiça para os esclarecimentos que se fizerem necessários”.

Por sua vez, o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) afirmou também por meio de nota que “desconhece totalmente o motivo pelo qual teve seu nome envolvido nessa história. Em toda sua trajetória, ele nunca tratou de qualquer assunto ilícito com ninguém”.

Em nota, o advogado Luiz Gustavo Pereira da Cunha, que defende Cristiane Brasil, declara: “Cristiane Brasil esclarece que à época dos fatos não era deputada federal, não conhecia os empresários do conglomerado J&F; e seu papel nas eleições de 2014 foi exclusivamente o de ajudar a retirar o PTB da base de apoio do PT”.

Já a assessoria do deputado federal Benito Gama (PTB-BA) divulgou a seguinte nota: “Há um fato sendo investigado sobre a eleição presidencial de Aécio Neves em 2014. Na condição de presidente nacional do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), em exercício à época, fui convidado hoje (11), para prestar testemunho sobre este fato que tem relação com a empresa JBS e a candidatura do Aécio Neves. Não houve contra a mim nenhuma medida de busca e apreensão ou qualquer outra medida, como divulgado pela imprensa. Assim como em toda a minha trajetória, continuo sempre à disposição da justiça em qualquer investigação. O mesmo faz parte do estado democrático.

Repudio em absoluto qualquer ato de corrupção e tentativa de ser relacionado ao objeto das investigações da Lava Jato. Reitero a minha lisura e conduta pautada na honestidade, seriedade e responsabilidade ao longo destes mais de trinta anos dedicados à de vida pública em prol da Bahia e do Brasil”.

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