Damares diz que abrirá ‘caixa-preta’ da Funai para apurar abandono de aeronaves

Bens abandonados em pátios e hangares de aeroportos acumulam prejuízo de ao menos R$ 3 milhões, segundo a ministra

Redação
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

 

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves informou que a nova direção da Fundação Nacional do Índio (Funai) abriu investigação para apontar os culpados pelo sucateamento de oito aeronaves do órgão.

No fim de semana, a equipe da ministra fez uma espécie de vistoria em pátios e hangares de aeroportos e constatou a situação de abandono dos bens.

“Foi uma surpresa quando descobrimos que a Funai tinha frota e essa frota estava sucateada. Algumas tiveram suas turbinas e outras peças vendidas”, disse Damares.

As aeronaves acumulam prejuízo de pelo menos R$ 3 milhões com aluguéis de hangares não pagos. Um edital para leilão dos bens deve ser lançado dentro de 30 dias.

Os aviões estão em Goiânia (GO), Brasília (DF), no Rio de Janeiro (RJ) e em Itaituba (PA). De acordo com o ministério, as aeronaves vistoriadas pela ministra estão em péssimo estado de conservação e sem condições de voar.

“Verificamos que turbinas e motores foram roubados. É difícil apurar responsabilidades. No caso do avião do Rio de Janeiro, não se sabe quando ele chegou. Há uma hipótese de que tenha chegado em 2013. Temos aeronaves em pátios particulares que a cobrança está chegando. O que vamos apurar no leilão não paga 20% do que está sendo cobrado por pátios particulares”.

As aeronaves eram usadas na atenção à saúde indígena. “Enquanto isso, os índios Kanelas, Guajajaras, no Maranhão, e outras etnias espalhadas pelo Brasil, sofrem sem atendimento médico e sem transporte de doentes que vivem em áreas de difícil acesso. A caixa-preta da Funai vai ser aberta”, afirmou Damares.

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Damares Alves

@DamaresAlves

Este era o “compromisso” dos governos passados com a coisa pública e com a saúde indígena. Oito aviões da Funai abandonados em Goiânia, Brasília, Rio de Janeiro e Itaituba/PA. Prejuízo de R$ 3 milhões com aluguel de hangares. Não ficará impune.

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