Assim que a vitória por 2 a 1 sobre o Grêmio terminou, a torcida já havia escolhido seu herói. Interino pela quarta vez no Fluminense, Marcão teve o nome gritado pelos quase 18 mil presentes no Maracanã. A dificuldade da diretoria em entrar num consenso sobre o novo técnico permitiu o nascimento de um lobby pelo ex-jogador.
— Se o Marcão for efetivado, lógico que a gente vai ficar muito feliz. É da casa. E a gente espera que dê muito certo — disse o meia Daniel, puxando o lobby pelo comandante.
Não que promovê-lo seja prioridade para a cúpula. Na verdade, o que os dirigentes mais têm feito nos últimos dias é discutir nomes. Zé Ricardo agrada ao presidente Mário Bittencourt, que conta com o apoio do diretor de futebol Paulo Angioni. O problema é convencer Celso Barros.
Inicialmente, o vice geral queria Lisca, rejeitado pelos demais. Em seguida, botou Felipão na cabeça. Ontem, antes do jogo, Bittencourt negou que o clube tivesse ido atrás do ex-técnico do Palmeiras.
Enquanto isso, Marcão faz sua parte. O interino agradou a torcida ao dar liberdade para os atletas jogarem ao estilo de Fernando Diniz: saída de bola na base das triangulações e valorização da posse quando tinham a bola. Nem sempre deu certo. Mas, quando funcionou, foi aplaudido. Ao ser perguntado sobre efetivação, procurou sair pela tangente.
— Ainda não teve conversa. Ainda estamos no calor do jogo, na adrenalina. Vamos deixar durante a semana. Hoje não é isso o mais importante. O mais importante foi ter feito um grande jogo e dar alívio para nosso torcedor. Principal hoje não foi o Marcão, mas sim o resultado e tudo o que aconteceu.