Opinião: Lula livre contra Lula livre

Enquanto estiver preso, o ex-presidente condenado pode continuar brincando de Nelson Mandela para tentar fazer sobreviver a militância do PT

A maneira mais eficaz de acabar com o movimento Lula Livre é óbvia: Lula livre / Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação

A maneira mais eficaz de acabar com o movimento Lula Livre é óbvia: Lula livre

A maneira mais eficaz de acabar com o movimento Lula Livre é óbvia: Lula livre. Enquanto estiver preso, o ex-presidente condenado pode continuar brincando de Nelson Mandela para tentar fazer sobreviver a militância do PT. Deltan Dallagnol resolveu lançar o que já está sendo chamado de movimento “Lula quase livre”. O procurador foi quem pediu à Justiça que o preso fizesse a progressão para o semiaberto. Ele sai e volta para dormir na cadeia. Vale lembrar que os requisitos para isso já existem e a defesa de Lula já poderia ter pedido. Não pediu porque Lula quer continuar na carceragem. No atual momento e objetivo da esquerda brasileira, em que é preciso incentivar o medo e a revolta nas pessoas para evitar que o País dê certo longe das mãos do PT, tornou-se melhor ser a vítima da Justiça do que se beneficiar dela.

O brasileiro herdou dos portugueses um sebastianismo amplo geral e irrestrito. Ter esperança e sonhar com um salvador onipotente é um dos nossos esportes. Em Portugal se acreditava que Dom Sebastião, reaparecendo, levaria o país à glória. Uma pergunta que sempre se fazia era: e se ele voltasse e nada demais acontecesse?

Pois é. Se Lula ficar livre e nada acontecer, acabou-se o PT.

‘Não troco minha dignidade’

Nessa segunda-feira (30), o ex-presidente Lula disse, por meio de uma carta lida por seu advogado, que não aceita as atuais condições para deixar a cadeia. A carta foi lida em frente à Superintendência da Polícia Federal do Paraná. A declaração de Lula foi feita após a força-tarefa da Operação Lava Jato pedir para que o petista vá para o regime semiaberto.

“Não troco minha dignidade pela minha liberdade. Tudo que os procuradores devem fazer é pedir desculpa ao povo brasileiro, à minha família”, declarou o ex-presidente. Apesar da posição do petista, no âmbito jurídico, o que irá prevalecer é a decisão da juíza federal Carolina Lebbos.

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