Bolsonaro ataca ‘grande mídia’ e defende jornalistas conservadores

O presidente Jair Bolsonaro, fala à imprensa na entrada do Palácio da Alvorada.

Presidente abandonou o tom conciliador adotado nas últimas semanas e usou as redes sociais para criticar imprensa

Alexandre Santos

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) abandonou o tom conciliador adotado nas últimas semanas e usou as redes sociais para atacar a imprensa na noite deste sábado (11). Ele reclamou das críticas que comentaristas notoriamente alinhados a seu governo têm sofrido nos últimos dias por declarações consideradas inadequadas.

No Twitter, ele saiu em defesa dos jornalistas Leandro Narloch e Luís Ernesto Lacombe —que deixaram, respectivamente a CNN e a Band— e dos comentaristas Rodrigo Constantino, da rádio Jovem Pan, e Caio Coppolla, também da CNN.

“Luís Lacombe, Leandro Narloch, Caio Coppolla e Rodrigo Constantino possuem algo em comum, que é opinião própria e independência. Isso já é suficiente para serem considerados nocivos dentro de grande parte da mídia, hoje completamente dominada pelo pensamento de esquerda radical”, escreveu o presidente.

Nesta semana, Narloch foi demitido da CNN após afirmar no ar que “homens gays têm muito mais chance de ter AIDS” e usar o termo “opção sexual” —considerado homofóbico pela população LGBT— ao tratar do assunto.

Já Lacombe deixou a apresentação do “Aqui na Band” após provocar insatisfação por exibir pautas consideradas parciais a favor do governo Bolsonaro. Antes de deixar o canal, ele levou ao ar uma discussão com o mote de “Quem mandou matar Bolsonaro?”, apesar de investigações da Polícia Federal terem concluído que não houve mandante no episódio da facada levada pelo presidente em 2018.

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