O ministro Jorge Messias, da Advocacia-Geral da União, cresceu nas últimas semanas nas bolsas de aposta de ministros de Lula sobre quem será o indicado do presidente para o Supremo Tribunal Federal, na vaga aberta com a aposentadoria de Rosa Weber.
Dois fatores contribuíram para isso: a perda de tração de Flávio Dino na disputa, em parte por suas qualidades como ministro da Justiça, e a gama de apoios que Messias conquistou. As informações são do colunista Guilherme Amado, do Metrópoles.
O AGU é hoje o nome com mais apoio no PT e entre evangélicos, segmento distante do governo, mas com força no Senado. Por isso, seria um nome com facilidade para ser aprovado e que reúne elementos caros a Lula na escolha. Tornou-se próximo a ele e é contra a criminalização da política.
Já a perda de força de Dino não tem nada a ver com a informação de que secretários da pasta erraram no protocolo de segurança e deixaram que uma investigada por ligação com o Comando Vermelho participasse de uma reunião no ministério. Segundo auxiliares de Lula, o presidente não viu no episódio o escândalo que foi pintado. As razões são outras.
Primeiro, foi o agravamento da situação de segurança pública, com a necessidade de haver um ministro forte no Ministério da Justiça. Depois, há a preocupação com o quanto de cartucho que teria de ser gasto pelo Planalto para aprovar Flávio Dino no Senado. Há o temor de que Dino seja queimado no Senado por quem quer passar recados para o governo ou extorquir cargos e emendas