Governador afirma que operação Ordo foi vazada e que servidores responsáveis serão punidos

Por Extra

Em coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira, o governador Cláudio Castro comentou sobre o primeiro dia da operação Ordo, que mobilizará, por tempo indeterminado, equipes policiais em 10 comunidades da Zona Oeste do Rio. Ao todo, segundo ele, foram presas 20 pessoas, sendo 15 em flagrante e cinco por mandado de prisão. Durante o pronunciamento, Castro afirmou que a operação foi vazada e que os servidores responsáveis serão punidos:

— São servidores que deveriam estar do lado da lei e que estão desvirtuados. Que já fiquem cientes que vamos achar e punir severamente aquele que deveria estar do nosso lado — afirmou o governador, em entrevista no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC).

De acordo com o governador, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi avisado sobre a operação no início da manhã, para ser informado de “todo o cumprimento daquele rol de obrigações” da ADPF 635 (ADPF das Favelas). Segundo o governador, há um “diálogo permanente” com a Suprema Corte. Ele prevê que a ação seja julgada no segundo semestre deste ano.

— O ministro Fachin falou que está amadurecendo muito para julgar, para que a gente possa botar as regras que têm que ser colocadas e acabar com essa ADPF, que não é a ideia do STF, mas que é usada politicamente contra nós o tempo inteiro — afirmou Castro.

O governador disse ainda que “o maior problema” do Rio atualmente são as armas, apontadas por ele como responsáveis pelo “nível de sensação de insegurança que temos hoje”. Por isso, ele criticou novamente o Itamaraty, de quem cobrou rompimento de relações diplomáticas com países de origem do armamento dos criminosos. Na semana anterior, Castro tinha afirmado que o Ministério das Relações Exteriores havia oficiado o Estado sobre a abordagem a adolescentes em Ipanema só depois de “avacalhar” com a polícia.

— Essas armas, quando saem do Leste europeu ou dos Estados Unidos e chegam a países da América do Sul, perdem o acompanhamento que têm. Infelizmente, o Brasil ainda não tem a postura dura que tem que ter com esses países, inclusive ameaçando romper relações com quem não faça o acompanhamento dessas armas. Quem sofre é o povo que está aqui — lamentou o governador. — Já que eles gostam de criticar, tinha que fazer essa crítica dura a outros países que mandam armas e drogas para cá.

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