Aécio Neves defende decisão de barrar Sputnik e diz que Anvisa agiu sem ideologia

 

Após receber representantes da embaixada da Rússia e sabatinar diretores e técnicos da Anvisa, o presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, Aécio Neves (PSDB-MG), afirma concordar com a decisão de barrar a importação da Sputnik V.

O deputado diz que, em sua avaliação, a Anvisa agiu como instituição de estado, sem interferências políticas ou ideológicas.

Diante do atraso na imunização em todo o país, estados do Nordeste tentam importar a vacina russa.

“Saí da reunião convencido de que estão zelando pela eficácia da vacina”, diz Aécio ao Painel. A Anvisa barrou a importação do imunizante por avaliar que faltaram dados básicos para avaliação de segurança de uso e de eficácia.

O tucano levou à Anvisa a afirmação do governo russo de que 62 países deram aval para uso emergencial da Sputnik V.

A resposta, segundo ele, foi a de que mais de 20 deles ainda não receberam a primeira dose da vacina, outros 20 não têm agências reguladoras e alguns deles são populacionalmente inexpressivos.

Apenas cerca de 8% da população russa recebeu uma dose da Sputnik até o momento, diz o tucano, com informação atribuída à Anvisa.

Ele ainda perguntou se a agência pediu informações ao México, que tem aplicado a vacina. A Anvisa teria respondido que o retorno foi de que as informações são confidenciais.

“Foi uma das decisões mais difíceis das nossas trajetórias pessoais”, disse Alex Campos, diretor da Anvisa, em reunião sobre o tema no Senado.

 

Painel/Folhapress

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