Após visita de ministros a evento do MST, vice-presidente da bancada ruralista sinaliza que pode romper com governo

“Não tem mais diálogo! O governo arrancou a ponte com o agro”, escreveu o vice-presidente da Frente Parlamentar do Agronegócio na Câmara, Evair de Melo

Evair Vieira de Melo
Evair Vieira de Melo (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

O vice-presidente da Frente Parlamentar do Agronegócio (FPA) na Câmara, Evair de Melo (PP-ES), usou as redes sociais para qualificar o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem terra (MST) como uma organização “terrorista” e para sinalizar que a bancada ruralista poderá romper com o governo.

“Ao frequentar eventos e tirar fotos com líderes do movimento terrorista, MST, os membros do Governo Lula deixam bem claro de que lado estão. E não é ao lado dos produtores rurais e donos de propriedades privadas. É do lado do caos e das invasões de terra, que vêm aterrorizando todo o Brasil. Não tem mais diálogo! O governo arrancou a ponte com o agro”, postou Melo. Ainda segundo ele, “enquanto os representantes de Lula estão lá confraternizando com os invasores, nós estamos reféns do terrorismo do MST”.

A ira do parlamentar foi decorrente da visita de sete ministros  e do vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), à 4ª Feira Nacional da Reforma Agrária, no Parque da Água Branca, região oeste de São Paulo.

A busca por uma maior aproximação do MST com o governo acontece em meio às articulações da bancada ruralista para a instalação da CPI que tem como objetivo criminalizar o movimento.

Segundo o jornal O Globo, “os partidos já indicaram 13 dos 27 titulares para a CPI, todos com atuação contrária ao Planalto e alinhados à bancada ruralista. Muitos, inclusive, já criticaram publicamente o MST”.

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