Barroso: discurso de fraude nas eleições é de quem não aceita a democracia

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eeitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, afirmou nesta quinta-feira (29) que o discurso de “se eu perder [a eleição] houve fraude” é de quem é contra a democracia. Argumentos do tipo têm sido utilizados por Jair Bolsonaro, que promete nesta noite divulgar indícios de fraudes em pleitos anteriores.

“O discurso de que ‘se eu perder houve fraude’ é um discurso de quem não aceita a democracia. Porque a alternância no poder é um pressuposto dos regimes democráticos”, disse o ministro, que voltou a defender o processo eleitoral atual. “É um sistema que consagra a democracia, por que uma das características da democracia é a alternância de poder. É reconhecer a possibilidade de que quem pensa diferente pode vencer”, falou. O governo federal tem tentado implantar o voto impresso já para a eleição de 2022.

Sobre as falas de Bolsonaro de que Aécio Neves (PSDB), então candidato a presidente em 2014, teria vencido a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) na eleição, Barroso lembrou: “o partido do candidato derrotado pediu auditoria do sistema, que foi feita, e o próprio candidato reconhece que não houve fraude. Isso não aconteceu. Nunca se documentou, porque o dia que se documentar, o papel da Justiça Eleitoral é imediatamente apurar”.

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