Do G1 — A empresária de 29 anos e os pais dela, que foram esfaqueados pelo ex-namorado da jovem no apartamento onde moravam em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, levaram mais de vinte facadas do agressor. Segundo as advogadas que representam a família, antes de entrar em luta corporal com as vítimas, Bruno de Andrade Lima de Albuquerque deu uma coronhada na cabeça do pai da jovem.
“Ele arrombou a portaria [do prédio], subiu, arrombou o apartamento. Ele se dirigiu até o pai da sua ex-companheira e o golpeou com o cabo da arma, a faca, na cabeça e [o pai] ainda foi esfaqueado no braço; momento em que ele desacordou. E ele [o agressor] foi em direção à sua ex-companheira para atentar contra a vida dela”, contou uma das advogadas, Mayara Oliveira, em entrevista ao g1 e à TV Globo nesta segunda-feira (20).
O crime ocorreu na madrugada de quarta-feira (15), na Rua Aniceto Varejão, no bairro de Candeias. O suspeito, que teve a prisão preventiva decretada pela Justiça, segue foragido. Até a última atualização desta reportagem, o g1 não conseguiu localizar a defesa de Bruno de Andrade Lima de Albuquerque.
De acordo com a advogada Mayara Oliveira, enquanto o pai da empresária estava desacordado, a mãe tentou proteger a filha, entrando em luta corporal com ele.

“Nessa luta corporal, que durou aproximadamente quinze minutos, a mãe da vítima foi golpeada mais ou menos por doze vezes. A vítima foi golpeada também por aproximadamente dez vezes. […] Quando o pai da vítima recobrou sua consciência, que verificou toda aquela luta corporal, ele conseguiu com a força bruta retirar o agressor de dentro do apartamento”, relatou a advogada. Em seguida, o homem teria fugido, deixando a arma no local.
Após o crime, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) expediu um mandado de busca e apreensão na casa de Bruno. No local, foram encontradas munições para arma de fogo, o que, para o tribunal, indica que ele “pode estar armado”.
Segundo Mayara Oliveira, as três vítimas tiveram ferimentos em todo o corpo e ainda se recuperam das lesões. Desde a noite do crime, eles deixaram a casa onde moravam, por medo.
“Eles temem que o agressor volte para terminar o que começou. […] Estão com vários pontos, várias ‘rouxidões’ (hematomas), algumas marcas até esverdeadas, grandes hematomas na região dos colos, dos braços, rosto, pescoço, nuca, orelha”, disse a advogada.