Clássico entre Botafogo e Fluminense tem empate justo, mas ruim para os dois lados

Yago Felipe tenta escapar da marcação de Victor Luis e de Marcelo Benevenuto em clássico que terminou empatado

Yago Felipe tenta escapar da marcação de Victor Luis e de Marcelo Benevenuto em clássico que terminou empatado Foto: RICARDO MORAES/REUTERS

Num jogo do Botafogo, apostar no empate é sempre mais garantido. Os alvinegros trocaram de treinador, mas não conseguiram voltar a vencer e ficaram no 1 a 1 com o Fluminense. Um empate que não pode ser comemorado por nenhum dos dois.

No Fluminense, o gosto é de frustração. O time, que vinha de goleada na última segunda, chegou a ocupar a quarta colocação enquanto estava à frente do placar. O gol sofrido, contudo, impediu essa ascenção na tabela. Com 18 pontos, os tricolores estão na sexta colocação, mas precisam aguardar o complemento da rodada para saber onde ficarão.

– Claro que a gente preferia sair com a vitória. Eu me sinto frustrado por a gente não ter ganho. Estávamos jogando muito bem no primeiro tempo. No segundo, baixamos muito a linha ede marcação. Numa jogada de bola parada, acabamos tomando o gol e não tivemos tempo pra reagir. A gente tem que ter essa consciência de que depois de fazer o gol tem que continuar buscando o jogo. Não pode relaxar e precisa buscar o segundo gol – lamentou o meia Nenê.

Já no Botafogo, o sentimento é de apreensão. Os alvinegros chegaram à 10ª partida seguida sem vitória no Brasileiro. O empate deste domingo foi o nono na competição. Com apenas 12 pontos, subiram uma posição e estão em 18º. Mas, assim como o Fluminense, precisam esperar o desfecho da rodada para conhecer sua colocação na tabela.

– A gente fica triste pelo resultado, estava jogando em casa. Conseguimos chutar a gol, tivemos bola na trave… É o nosso nono empate, mas temos que seguir trabalhando. Só com trabalho que o Botafogo vai sair dessa situação. Com certeza vamos melhorar – comentou Caio Alexandre, autor do gol alvinegro.

As maiores expectativas estavam sobre como o Botafogo se comportaria no primeiro jogo sob o comando de Bruno Lazaroni, efetivado no lugar de Paulo Autuori. Na disposição do time, a principal mudança foi Rafael Foster, que vinha atuando como um terceiro zagueiro, de volta à função de primeiro homem do meio-campo.

Mas a torcida não pode reclamar da falta de novidades. Antes de a bola rolar, o próprio Laxaroni avisou que, como já fazia parte da comissão do antecessor, não haveria mudanças. Sua contribuição seria na tentativa de melhorar a produção ofensiva do time.

O Botafogo conseguiu finalizar mais do que na derrota para o Bahia, na última quarta. Já no começo do jogo, o time quase marcou em dois lances praticamente seguidos. Aos 11, em chute de Rentería que obrigou Muriel a fazer boa defesa. E no minuto seguinte, com Kalou, que finalizou cruzado rente à trave.

Com uma linha de marcação adiantada, os alvinegros não deixavam o Fluminense sair com a bola e ameaçavam o gol de Muriel, que estreou a camisa rosa em referência à campanha de conscientização da prevenção ao câncer de mama, intensificada no mês de outubro. Mas a equipe de Odair Hellmann equilibrou a partida a partir dos 15 minutos de jogo e encontrou o caminho até a meta alvinegra através das bolas aéreas. Principalmente nas mudanças de escanteio.

O time de Lazaroni não só continuou sem saber aproveitar as oportunidades na frente (ainda acertou a trave em cabeçada de Rhuan) como perdeu todas as disputas pelo alto em sua própria área no primeiro tempo. Foi assim que os tricolores abriram o placar. Aos 40, Fred aproveitou escanteio pela direita para cabecear com força. Victor Luis evitou o gol em cima da linha, mas a bola seguiu por ali. Ao tentar tirá-la, Kevin marcou contra.

– Esse gol é meu. Primeiro porque subi pra caramba para fazer o gol. Depois que foi meu aniversário ontem. Vamos levar essa informação ao Daronco para ver se ele dá esse gol para mim – brincou Fred, que completou 37 anos neste sábado.

Se Lazaroni teve um mérito na manhã deste domingo foi o de saber corrigir os defeitos de sua equipe no intervalo. O Botafogo voltou para a etapa final se defendendo melhor pelo alto. Na frente, a entrada de Pedro Raul ainda deixou o time mais perigoso. Só não empatou mais cedo porque Muriel fez sua parte. O goleiro ainda contou com nova colaboração do travessão em cabeçada de Babi, aos 12. Mas não deu a mesma sorte aos 27, quando Caio Alexandre ficou com rebote após cobrança de falta de Forster e concluiu na saída do arqueiro tricolor.

As sucessivas mudanças de ambos os lados equilibraram o jogo na reta final. E o empate se mostrou o resultado mais justo. Ainda que ninguém tenha ficado feliz com ele.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *