Como ser político, Maradona incomodava demais, diz estudiosa
“Dentro ou fora de campo, Maradona era capaz de dizer aquilo que ele pensava, defender aquilo em que ele acreditava, e isso certamente incomodou muita gente”. Assim fala a professora e escritora Katia Rubio, coordenadora do Grupo de Estudos Olímpicos da USP, ao comentar para o Tutaméia o legado de Dieguito: “Era uma pessoa situada politicamente, que usava de sua visibilidade planetária em prol de algumas ações. Ele é contra a ditadura, ele é a favor de Fidel Castro, ele abraça Evo Morales, ele prova que a assertiva de que política e esporte não se misturam não é uma afirmativa do atleta, mas sim de quem usa o esporte como meio de apagamento das questões sociais”.
Esse é o legado de Diego Armando Maradona, ídolo planetário, morto nesta quarta-feira (25), aos 60 anos, na avaliação da professora Kátia Rubio, coordenador do grupo de Estudos Olímpicos da USP e uma das maiores estudiosas de esportes no Brasil. Em entrevista ao Tutaméia, Rubio afirma que o legado de Maradona vai muito além do espetáculo que ele fazia nos campos de futebol.