Confira os candidatos baianos que mais gastaram com publicidade no Facebook durante a pré-campanha

[Confira os candidatos baianos que mais gastaram com publicidade no Facebook durante a pré-campanha]

O Facebook divulgou nesta terça-feira (22) seu relatório da biblioteca de anúncios do conglomerado de redes sociais. A iniciativa visa aumentar a transparência da publicidade paga veiculada no Facebook e no Instagram.

Em tempos de isolamento social, a campanha através da internet será um fator chave nas eleições municipais de 2020. Levando isso em conta, o BNews levantou os 15 candidatos do estado da Bahia, tanto para vereador quanto para cargos de prefeito e vice-prefeito, que mais gastaram com publicidade nos últimos 30 dias.

Liderando disparadamente o ranking está o deputado federal Bacelar, candidato à prefeitura de Salvador pelo Podemos. Ele já investiu R$17,2 mil reais em anúncios no Facebook. O valor pago pelo candidato nos últimos trinta dias é maior do que o dobro dos valores gastos pelo segundo e pelo terceiro colocado na lista.

Na vice-liderança está a candidata a vereadora do partido Novo, Priscila Chammas, que investiu R$ 4,3 mil reais em anúncios pagos. Fechando o pódio, em terceiro lugar fica a vereadora de Salvador Marcelle Moraes, do Democratas. Em busca da reeleição, ela já pagou R$ 4,2 mil ao Facebook.

Fechando o top 5 dos candidatos que mais gastaram com publicidade paga no Facebook, estão os deputados petistas Zé Raimundo (estadual), que busca a prefeitura de Vitória da Conquista e já gastou R$ 3,5 mil nos últimos 30 dias, e Zé Neto (federal), que vai disputar a prefeitura de Feira de Santana e já gastou R$ 3,05 mil.

Nas dez posições restantes, estão: Dayane Pimentel, candidata à prefeitura de Feira de Santana, que gastou R$ 2,8 mil; Alípio Oliveira, candidato à prefeitura de Ipiaú, que gastou R$ 2,7 mil; Rogério Andrade, candidato à prefeitura de Santo Antônio de Jesus, que gastou R$ 2,6 mil; Ramos Filhos, candidato desistente à prefeitura de Eunapólis, que gastou R$ 2,5 mil; Fábio da Cerâmica, candidato à prefeitura de Serrinha, que gastou R$ 2,4 mil; Berg da Aragom e Marta Rodrigues, que gastaram R$ 2,2 mil e são candidatos à prefeitura de Serrinha e à Câmara de Salvador, respectivamente; Jorge Curvêlo, candidato à Câmara de Camaçari, que gastou R$ 2,1 mil e Walter Peixoto, candidato à Câmara de Salvador, que gastou R$ 1,4 mil.

Vale lembrar que o início da propaganda eleitoral, também na internet, só é permitido após o dia 26 de setembro. Até esse dia, é possível apenas que os candidatos usem as redes sociais para se apresentar, dar opiniões, ressaltarem suas qualidades, participarem de lives, arrecadarem doações para campanhas e apresentarem propostas. Por outro lado, é expressamente proibido o pedido de votos e a divulgação do número do candidato.

BNews entrou em contato com o advogado especialista em direito eleitoral Jarbas Magalhães, que ressaltou o fato de a possibilidade do dinheiro gasto em pré-campanha eventualmente caracterizar crime eleitoral de abuso de poder econômico.

“A lei eleitoral não define precisamente o que é a pré-campanha. É uma espécie da lacuna na legislação. Em tese, não deveria se gastar dinheiro nesse período, já que as regulações são específicas para o período permitido pela lei eleitoral. No entanto, há decisões que caracterizam abuso de poder econômico nesse período de pré campanha, como foi o caso da cassação da senadora Selma Arruda, que recebeu um empréstimo de R$ 1,5 milhão e o utilizou para contratar empresas de pesquisas e de marketing antes do início da campanha formal”, disse o advogado.

De acordo com a legislação eleitoral, o abuso de poder econômico é a utilização em excesso, antes ou durante o período oficial de campanha, de recursos financeiros ou patrimoniais visando beneficiar um candidato, partido ou coligação, afetando a normalidade e a legitimidade das eleições.

Explicações

A reportagem entrou em contato com os três candidatos que mais gastaram em publicidade paga no Facebook nos últimos 30 dias. A assessoria de Bacelar afirmou que o impulsionamento se dá pelo seu mandato de deputado, que sempre aumenta o alcance de publicações sobre ações e atividades. O aumento expressivo no último mês se deu por conta da votação do Fundeb, já que o deputado é presidente da Comissão Especial do fundo.

Priscila Chammas afirmou que o gasto em impulsionamento foi para seu próprio trabalho como comunicadora e ativista liberal, sendo este feito com seu próprio dinheiro e visando divulgar o liberalismo em si. Ainda assim, a candidata reiterou o seguimento de todas as regras eleitorais à risca e reforçou a importância das redes sociais para as Eleições de 2020.

Marcelle Moraes afirmou que todos os impulsionamentos foram realizados dentro da legalidade e dos permissivos na legislação eleitoral, civil e de acordo com a ética, transparência e observância aos princípios norteadores do direito.

BNews

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