CPI da ‘Lava Toga’ é inconstitucional e seria arquivada pelo Supremo, diz Gilmar Mendes

Foto: Nelson Jr./STF
Foto: Nelson Jr./STF

Em entrevista publicada neste domingo (15) no portal UOL, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes afirmou que a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da “Lava Toga” seria inconstitucional e terminaria arquivada pela própria Corte.

A Comissão investigaria a atuação de membros do Judiciário, incluindo do próprio Supremo. Mendes foi entrevistado pelos jornalistas Tales Faria, do UOL, e Thaís Arbex, da Folha de S.Paulo.

“Se essa CPI fosse instalada, ela não produziria nenhum resultado. Certamente o próprio Supremo mandaria trancá-la”, afirmou o ministro. Na conversa, Gilmar disse que os signatários do pedido da CPI sabem da inconstitucionalidade da medida, mas que avançariam com a proposta para “ecoar isso” e “continuar com a vantagem do debate e da repercussão na mídia”.

Críticas à Lava Jato

Mendes também falou sobre a Operação Lava Jato. Segundo ele, a força-tarefa tem “méritos”, mas cometeu “crimes”. Ele criticou a relação entre a corregedoria do Ministério Público e os procuradores da Lava Jato: “agiam como comparsas”.

Para o jurista, a mídia é cúmplice dos “malfeitos” da Lava Jato. “Esse fenômeno de violação de direitos não ocorreria sem o apoio da mídia”, disse.

O ministro também criticou elogios recentes à ditadura militar, sem citar os filhos do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o próprio presidente. “Temos uma geração que não sabe o que é ditadura”, afirmou.

Gilmar também abordou o julgamento no STF que pode conceder liberdade ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).”Acho que entre outubro e novembro nós julgamos isso”, afirmou.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *