CPI decide pedir condução coercitiva de Carlos Wizard, bilionário do lobby da cloroquina

Senadores que compõem a Comissão decidiram pedir à Justiça a condução forçada do conselheiro de Bolsonaro e integrante do chamado ‘Gabinete Paralelo’ porque ele não respondeu à notificação para depor na semana que vem

Carlos Wizard / CPI
Carlos Wizard / CPI (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado | Divulgação)

 Senadores da CPI da Covid se reuniram nesta quinta-feira (10) após a sessão e decidiram pedir à Justiça a condução coercitiva do bilionário Carlos Wizard, conselheiro informal de Jair Bolsonaro e integrante do chamado ‘Gabinete Paralelo’, que guiou todo o governo para a estratégia do “tratamento precoce”.

A convocação de Wizard para depor na CPI já foi aprovada e agendada para a próxima semana, porém o empresário não respondeu às convocações. Por conta disso, a cúpula da CPI decidiu por envolver a Justiça no caso, segundo o vice-presidente do inquérito, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), informa reportagem da CNN.

A informação obtida pelos senadores é de que o empresário está nos Estados Unidos. Devido à impossibilidade de realizar a audiência de maneira remota, integrantes da CPI querem, portanto, a condução coercitiva. Caso seja aceito pela Justiça, o recurso fará com que Wizard seja intimado ainda no aeroporto, quando voltar ao Brasil.

Em seu depoimento à CPI, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello afirmou que recebeu conselhos do empresário e que chegou até a oferecer um cargo a ele no ministério que comandava. A médica Nise Yamaguchi também confirmou que o empresário havia atuado para organizar um grupo de médicos em um conselho científico independente que incentivou o tratamento precoce com remédios sabidamente ineficazes com a população.

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