Em dia de greve geral, milhões vão às ruas da Colômbia contra governo de Iván Duque

Iván Duque é presidente do país há apenas 15 meses e está com 69% de desaprovação

Foto: Reprodução/Vídeo

As manifestações da greve geral, decretada nesta quinta-feira (21), na Colômbia se estenderam até tarde da noite com panelaços contra o governo de Iván Duque, presidente do país há apenas 15 meses e com 69% de desaprovação.

Com mais de 6.000 menções na rede social Twitter, a hashtag #Cacerolazo (panelaço) mobilizou o país e os internautas relatam que o protesto seguiu com o uso desses utensílios de cozinha, populares nas mais recentes mobilizações sociais.

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Em Bogotá, o tempo chuvoso e frio não intimidou a população. Entre os manifestantes havia muitos estudantes, que têm saído constantemente às ruas no governo Duque para reivindicar mais verbas para a educação pública. A cidade registrou confrontos entre encapuzados e membros do Esquadrão de Polícia Móvel (Esmad) da Polícia Nacional. O panelaço chegou a bairros que os protestos não atingiram durante o dia.

Os incidentes, na maioria isolados, se concentraram, além de Bogotá, em Cali (oeste do país), uma das cidades mais violentas do país, onde foi decretado toque de recolher a partir das 19h, após alguns saques, segundo afirmou o prefeito Maurice Armitage. O transporte de passageiros também teve que ser suspenso nesta cidade e uma ambulância transportando um paciente foi atacada. As autoridades informaram que em Cali pelo menos sete policiais e um estudante ficaram feridos, nenhum com gravidade. Em todo o país, o número de feridos chega a 37, dos quais 29 das forças de segurança.

O Governo informou que o protesto reuniu 207.000 pessoas em todo o território nacional, mas o líder de um dos sindicatos que convocaram as manifestações descreveu esses números como “absolutamente ridículos”. “Temos um relatório de mobilização em 1.100 municípios da Colômbia. Só nas principais cidades se reuniram dois milhões de pessoas. Foi espetacular”, disse Diogenes Orjuela, da Central Unitária de Trabalhadores.

Com relação ao número de detidos, o Executivo diz que foram 10 — dois menores. No entanto, a campanha Defender a Liberdade, uma rede de organizações que denuncia a criminalização dos protestos sociais na Colômbia, afirma que 34 pessoas foram presas em todo o país.

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Colombia: Represión en el barrio Ulpiano Lloreda, Cali, Colombia

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en Cali, Colombia, después de una jornada de y represión del ESMAD

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Com informações do El País e da Telesur

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