Esquema de tráfico de migrantes é desarticulado em megaoperação da PF

Esquema criminoso mandava migrantes brasileiros para os Estados Unidos

Por Redação

Estrutura do grupo era bem organizada, com diferentes áreas de atuação
Estrutura do grupo era bem organizada, com diferentes áreas de atuação – 
A operação Hancórnia da Polícia Federal (PF), em colaboração com a agência americana Homeland Security Investigations (HSI), revela um esquema criminoso de contrabando de migrantes brasileiros para os Estados Unidos. Na manhã desta quarta-feira, 26, a PF cumpriu mandados de prisão e busca contra uma organização criminosa responsável pelo tráfico de mais de 250 brasileiros, com destaque para moradores do Maranhão. Destes, pelo menos 80 são crianças e adolescentes.

A estrutura do grupo era bem organizada, com diferentes áreas de atuação:

Alto Escalão: Os idealizadores e financiadores do esquema, responsáveis pela coordenação geral, incluindo a conexão com coiotes mexicanos, agentes de viagens e doleiros.

Logística: Encarregada de providenciar passagens aéreas, vistos e pacotes turísticos para disfarçar a ilegalidade das viagens.

Braço Mexicano: Responsável por recepcionar as vítimas no México e organizava a travessia para os Estados Unidos, coordenando a parte mais crítica da jornada.

Braço Norte-Americano: Responsável pela cobrança dos valores das vítimas, bem como pela contabilidade e repasse de recursos ao alto escalão.

Doleiros: Facilitavam a conversão de recursos para dólares, necessários para financiar os traficantes.

Os mandados foram cumpridos em diversos estados brasileiros, incluindo Maranhão, Minas Gerais, Rondônia, Distrito Federal e Espírito Santo. As investigações apontam que o grupo envolvia moradores de várias cidades maranhenses, como São Raimundo das Mangabeiras e Balsas. As vítimas pagavam grandes quantias para a travessia, muitas vezes com o agravante de juros abusivos.

A ação visa desmantelar essa rede criminosa, que movimentou cerca de R$ 14 milhões em contrabando. A PF também identificou o uso de empresas de fachada para a lavagem de dinheiro.

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