A estrutura do grupo era bem organizada, com diferentes áreas de atuação:
Alto Escalão: Os idealizadores e financiadores do esquema, responsáveis pela coordenação geral, incluindo a conexão com coiotes mexicanos, agentes de viagens e doleiros.
Logística: Encarregada de providenciar passagens aéreas, vistos e pacotes turísticos para disfarçar a ilegalidade das viagens.
Braço Mexicano: Responsável por recepcionar as vítimas no México e organizava a travessia para os Estados Unidos, coordenando a parte mais crítica da jornada.
Braço Norte-Americano: Responsável pela cobrança dos valores das vítimas, bem como pela contabilidade e repasse de recursos ao alto escalão.
Doleiros: Facilitavam a conversão de recursos para dólares, necessários para financiar os traficantes.
Os mandados foram cumpridos em diversos estados brasileiros, incluindo Maranhão, Minas Gerais, Rondônia, Distrito Federal e Espírito Santo. As investigações apontam que o grupo envolvia moradores de várias cidades maranhenses, como São Raimundo das Mangabeiras e Balsas. As vítimas pagavam grandes quantias para a travessia, muitas vezes com o agravante de juros abusivos.
A ação visa desmantelar essa rede criminosa, que movimentou cerca de R$ 14 milhões em contrabando. A PF também identificou o uso de empresas de fachada para a lavagem de dinheiro.