“Estamos sem norte”: família de PM assassinado em Salvador pede justiça

Irmão de PM dá versão do que aconteceu durante crime cometido

Adailton Teixeira Melo, 45, tinha uma filha com autismo severo e cuidava da mãe
Adailton Teixeira Melo, 45, tinha uma filha com autismo severo e cuidava da mãe – 
Os familiares do policial militar, Adailton Teixeira Melo, 45, fizeram uma manifestação em frente ao prédio da Corregedoria da Polícia Militar, no bairro da Pituba, em Salvador, nesta segunda-feira, 23. Eles pediram Justiça e uma investigação aprofundada após o PM ser assassinada em um bar da capital baiana no último sábado, 21, por um colega de farda.

Ao Portal A TARDE, Flávio, irmão de Adailton, afirmou que a família se sente desamparada após o assassinato.

“Ele tem uma filha com autismo severo, de 6 anos, e minha mãe mora sozinha, ele era o irmão que morava mais perto e acompanhava e auxiliava minha mãe. A gente está sem norte”, desabafou.

Familiares da vítima destrincham versão da morte do policial militar morto neste sábado, 21.
Familiares da vítima destrincham versão da morte do policial militar morto neste sábado, 21. | Foto: Azure Araujo / AG. A TARDE

O agente foi morto na madrugada do último sábado, 21, no bairro de São Marcos, em Salvador após ser atingido por três disparos efetuados por um policial devido a um desentendimento pelo uso do banheiro do bar.

O irmão da vítima, também revelou que uma mulher que estava com o policial suspeito foi uma das responsáveis por incitar o conflito.

“As pessoas suspeitam que ela tenha pego o celular de meu irmão. Meu irmão ficou na frente do estabelecimento aguardando o pessoal do restaurante trazer as imagens para identificar quem realmente pegou o celular dele”, disse Flávio após ver as imagens do circuito e observar que a mulher foi para o fundo do bar se reunir com o autor dos disparos e outras duas pessoas.

Ao retornarem o policial suspeito já estava armado e seguiu em direção a Adailton, disparando três vezes contra a vítima. O momento foi registrado por câmeras de segurança do bar.

O suspeito do homicídio se entregou neste domingo, 22, no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na capital baiana, e segue em custódia à disposição da justiça.

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