As Forças Armadas deixaram de publicar, neste ano, mensagem comemorativa do golpe militar de 31 de março de 1964, que deu início a uma ditadura militar de 21 anos no Brasil.
A celebração da data nos quartéis existiu, em diferentes formatos, até meados dos anos 2000, quando foi interrompida. Entre 2019 e 2022, no entanto, a prática tinha sido retomada por ordem do então presidente Jair Bolsonaro, com textos emitidos pelo Ministério da Defesa.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, definiram a interrupção desse tipo de cerimônia. O golpe que depôs o então presidente João Goulart completa 59 anos nesta sexta-feira (31). A ditadura militar durou de 1964 a 1985.
O período foi marcado por perseguição, tortura e assassinatos de opositores do regime. Os brasileiros não puderam votar para presidente da República, o Congresso Nacional foi fechado, e a imprensa, censurada.
Durante os quatro anos da gestão Bolsonaro, entre 2019 e 2022, os textos eram divulgados pelo Ministério da Defesa com orientação para serem lidos nos quartéis com conteúdo elogioso ao golpe e à ditadura. As mensagens eram assinadas pelo ministro e pelos comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica.