Homem atravessa Oceano Atlântico em um tonel levado apenas pelo vento e correntes marítimas

Foto: Reprodução/Facebook

Olha que aventura! Um francês de 73 anos cruzou o Oceano Atlântico a bordo de um tonel, levado apenas pela força das correntes marítimas e dos ventos. Jean-Jacques Savin saiu das Ilhas Canárias e desembarcou no Caribe, no norte de Porto Rico.

Foram 127 dias de viagem solitária e desafiadora. Segundo informações do F5, o trajeto durou um mês a mais do que o previsto, e ele acabou ficando sem comida. Para sobreviver, ele pescou, mas os equipamentos de pesca também acabaram. A viagem prosseguiu porque tripulantes de dois navios ofereceram alimentos para Savin.

O tonel em que o francês viajou tem dois metros de altura e uma área de seis metros quadrados. O equipamento também tinha quatro janelas pequenas e a tampa era como um grande aquário. Ele disse que conseguiu apreciar a vida marinha, como baleia, tartarugas e até teve o tonel atacado por um tubarão.

Em todo o trajeto, Savin disse que só enfrentou uma noite de tempestade em alto amar uma única vez. O tonel chegou a virar três vezes de lado, mas sempre retornava à posição original.

Foto: Reprodução/Facebook

Peixes amigos

O francês contou que acabou fazendo “amigos” em alto-mar. A cada vez que saía para limpar o casco do tonel das algas, os peixes se alimentavam do que ele retirava do equipamento. Segundo o homem, quando os animais se acostumaram com a presença dele, iam comer diretamente na sua mão.

Quando Savin foi resgatado por um navio petroleiro, no fim da viagem, ele voltou à água para se despedir dos companheiros de aventura.

Inspiração

Jean-Jacques Savin contou que se inspirou no seu conterrâneo Alain Bombard, que, há quase 70 anos, se lançou no mar com o objetivo de reproduzir a experiência de um náufrago. Para ele, a aventura foi “uma comunhão com a natureza”. “Pude me esvaziar durante quatro meses e gostaria que o Atlântico fosse ainda mais extenso e o trajeto fosse de 7 mil quilômetros. Foi fabuloso”, disse em entrevista à RFI.

Mais de 25 mil pessoas acompanharam a trajetória do francês pelas redes sociais, que conseguia transmitir a aventura por um telefone por satélite. A viagem de Savin vai virar um livro em breve. Ele também já está planejando outra aventura em alto mar.

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