Investigado por CPI, presidente do CFM pediu uso de cloroquina contra Covid-19

O negacionismo e a conduta anticiência devem levar à responsabilização do presidente do CFM, Mauro Ribeiro, pela CPI da Covid

Mauro Ribeiro
Mauro Ribeiro (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

Em um documento de abril de 2020, o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Mauro Luiz de Britto Ribeiro, pediu a liberação do uso de cloroquina e hidroxicloroquina, “em condições excepcionais”, para tratamento de pacientes diagnosticados com a Covid-19. O dirigente é um dos investigados pela CPI da Covid, que divulgará nesta semana o relatório final com suas considerações sobre eventuais crimes do governo federal durante o combate à pandemia.

De acordo com o portal Uol, o parecer foi aprovado por unanimidade em sessão plenária do conselho em 16 de abril de 2020. Ribeiro assinou o pedido como “relator” e, na parte como “interessado” na liberação dos medicamentos, ficou registrado o CFM.

Em nota, o CFM afirmou que o parecer público foi aprovado de forma legal, seguindo as regras do conselho, e entregue a Jair Bolsonaro, fazendo com que o conselho comprovasse “seu compromisso com a transparência de seus atos”.

O presidente do órgão é próximo de Bolsonaro. Em vídeo este mês, por exemplo, Ribeiro fez elogios ao governo e escancarou: “existe sim apoio do Conselho Federal de Medicina ao Ministério da Saúde e ao presidente Bolsonaro”.

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