O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu que o comando da sua segurança pessoal voltará a ser subordinado ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI). A medida foi confirmada pelos ministros Rui Costa (Casa Civil) e Flávio Dino (Justiça) em coletiva à imprensa, ontem.
Segundo Costa, a estrutura terá, a partir de julho, um formato híbrido, com a participação de civis, policiais e militares. “Conforme tinha sido previsto, de forma consensual e harmônica, o presidente arbitrou pelo modelo híbrido, onde vão trabalhar tanto a equipe do GSI como a da Polícia Federal para garantir a segurança do presidente, do vice-presidente e dos seus respectivos familiares”, afirmou o ministro.
Desde janeiro, a segurança imediata de Lula era realizada por uma secretaria extraordinária, comandada pelo delegado da Polícia Federal Aleksander Oliveira e vinculada ao gabinete pessoal do presidente. A secretaria foi criada por Lula com previsão de funcionar por seis meses, prazo que se encerra nesta semana.
Na atual estrutura, a maior parte da equipe de segurança é composta por policiais federais, seguindo o padrão adotado na transição de governo, no final do ano passado. Em gestões passadas, a competência era de militares, representados pelo GSI. A definição do modelo de segurança colocou militares e PF em atrito, pois ambos queriam coordenar a segurança direta do presidente da República.