Lula: ‘vou escolher um presidente do BC compromissado com o desenvolvimento e com o interesse de 203 milhões de brasileiros’

“Na hora que eu tiver que escolher o presidente do Banco Central, vai ser uma pessoa madura, calejada, responsável, alguém que tenha respeito pelo cargo que exerce”, disse Lula

Banco Central e Luiz Inácio Lula da Silva
Banco Central e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: ABR | REUTERS/Adriano Machado)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que escolherá um presidente do Banco Central (BC) comprometido com os interesses de 203 milhões de brasileiros, resistente a pressões de mercado e focado no desenvolvimento econômico do país.

“Vou escolher um presidente do Banco Central que seja uma pessoa que tenha compromisso com o desenvolvimento desse país, com o controle da inflação, mas que também tenha na cabeça que a gente não tem só que pensar no controle da inflação, a gente tem que pensar também numa meta de crescimento. Porque é o crescimento econômico, é o crescimento da massa salarial que vai permitir que a gente possa controlar a inflação com uma certa tranquilidade”, disse Lula à Rádio CBN nesta terça-feira (18).

Lula criticou a participação do presidente do BC, Roberto Campos Neto, em um jantar em sua homenagem promovido pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e questionou sua autonomia à frente da instituição.

“Eu já lidei muito tempo com o Banco Central e o Meirelles [Henrique Meirelles] é o meu primeiro Banco Central, e eu duvido que esse Roberto Campos tenha mais autonomia do que tinha o Meirelles. Duvido! Duvido! O que é importante saber é a quem esse rapaz é submetido. Como é que ele vai numa festa em São Paulo, quase que assumindo a candidatura a um cargo do governo? Cadê a autonomia dele? Então, veja, eu trato com muita seriedade. Muita seriedade”, disse Lula.

“Então, na hora que eu tiver que escolher o presidente do Banco Central, vai ser uma pessoa madura, calejada, responsável, alguém que tenha respeito pelo cargo que exerce, que tenha respeito e alguém que não se submeta a pressões de mercado. Alguém que faça aquilo que for de interesse dos 203 milhões de brasileiros”, afirmou.

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