Membros do Lions, Mário Espinola e Graciosa Xavier repudiam fechamento da Escola Pró-Menor em Juazeiro

 

Da Redação

Mais uma unidade educacional está sendo fechada pela administração do prefeito Paulo Bomfim (PCdoB). Desta vez é a Casa de Acolhimento do Pró-Menor, criada pelo visionário Juju Café que contou com os apoios do ex-bispo da cidade, Dom José Rodrigues, ex-prefeito Jorge Khoury e o governador da Bahia, Antonio Carlos Magalhães.

Na época, a Professora Graciosa Xavier e do atual presidente da Fundação Pró-Menor e membro do Lions, Mário Gomes, abraçaram o projeto de Juju. Na tarde de ontem (16), Mário e Graciosa estiveram no programa de Waltermário Pimentel indignados com a postura do gestor municipal que decidiu fechar as portas de um dos principais símbolos de dignidade da cidade por ter acolhido e ajudado milhares de crianças carentes.

Mário Gomes

“Estou indignado e anestesiado com o ocorrido. Não vou tratar sobre o fechamento de outras escolas, mas quero falar da Escola Pró-Menor que tem 34 anos servindo voluntariamente o município. Ela não está recebendo nada para se manter porque o convênio foi realizado em 1986, e durante esses 34 anos nenhum prefeito interrompeu. Em 2009, o ex-secretário municipal de educação, Plínio Amorim, em vez de continuar com o convênio decidiu fazer um contrato de locação que, para ele, seria mais prático para prestação de contas”, informou Mário.

Decepção e revolta

“Fomos surpreendidos no dia 2 de janeiro com a informação de que a escola seria fechada, e que os alunos seriam transferidos para a Escola Helena Celestino. Não acreditei na informação, mesmo porque existe um contrato  que só termina em 12 de abril de 2020 (…) Quando foi no dia 7 de janeiro, mantive contato com a coordenadora Sandra que me confirmou a informação. Ela ainda chegou a dizer que era martelo batido e ponta virada”.

Falta de respeito

“Até hoje, nem a prefeitura, nem prefeito e a secretária de educação nos comunicaram nada sobre o fechamento. No dia 14 deste mês, uma funcionária que trabalha no setor de contratos me ligou avisando que a escola não iria mais funcionar, mas já tinha recebido esta informação na rua. A Fundação e o Lions merecem respeito. Esta decisão tem que ser comunicada por escrito, dizer o motivo e até quando vão desocupar a casa. Até hoje (16) estamos boiando, estou acreditando porque  as matriculas começaram na Casa do Menor, e na mesma da hora retiraram todas as matriculas. Fizeram isso sem comunicar com ninguém, faltou respeito, faltou tudo”, desabafou Seu Mário revoltado.

Revolta do ouvinte

O ouvinte do programa, Ananias Ramalho entrou no ar fazendo duras criticas contra a administração municipal. “É um absurdo o que está acontecendo com esta administração tratando as coisas com falta de respeito, inclusive os moradores dos bairros Alto do Cruzeiro, João XXIII e adjacência.  Esse prefeito não merece respeito da sociedade (…) O povo tem que ficar atento agora nas eleições de 2020, pois senhor Mário Gomes, tenho certeza que o povo dará a resposta nas urnas”.

Professora Graciosa sendo homenageada na Câmara Municipal pelos relevantes serviços prestados ao povo de sua terra

A ex-secretária de educação do município, Professora Graciosa Xavier lamentou o comportamento da administração municipal. “Quero agradecer ao membro do Lions, o grande visionário Juju Café que sonhou com um espaço acolhedor para meninos de rua. Ele e outros abraçaram  a causa fazendo campanha para construir esta casa. O terreno foi doado pelo ex-bispo Dom José Rodrigues quando atendeu pedido. Jorge Khoury quando foi prefeito propôs ao governo, quando a cidade passou a ser de porte médio, construir escolas municipais, porque antes eram casinhas alugadas. Foi nessa época realizado o primeiro concurso para professor no município”, enfatizou.

Ela afirmou ainda que para assumir a direção da Casa do Menor na época deveria ser pessoas experientes nos cargos de coordenadoras. “Eu dei a ideia a Jorge de que tínhamos três mulheres fantásticas no Lions: Vera Galvão, Miriam Valverde e  Iuirara, e conseguimos na época com o secretário de educação da Bahia, Doutor Edvaldo Boaventura, a nomeação das mesmas. Elas não foram apenas coordenadoras, foram mães. Elas saiam nos bairros procurando as famílias para levar as crianças para oferecer comida e um lar. Estou muito triste com o fechamento da casa”, falou desapontada Graciosa.

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