Ministro da Justiça flerta com a censura e pede inquérito policial contra advogado por críticas a Bolsonaro

O ministro da Justiça, André Mendonça, pediu à PF a abertura de um inquérito contra o advogado Marcelo Feller, de São Paulo, por ter dito que o discurso de Jair Bolsonaro era responsável por uma parte das mortes provocadas por coronavírus no País

Ministro da Justiça, André Mendonça, e Jair Bolsonaro
Ministro da Justiça, André Mendonça, e Jair Bolsonaro (Foto: Marcello Casal Jr – Agência Brasil)

A Polícia Federal, subordinada ao ministro da Justiça, André Mendonça, abriu uma investigação por causa de críticas feitas pelo advogado Marcelo Feller, de São Paulo, contra Jair Bolsonaro. Trata-se de mais um inquérito com base na Lei de Segurança Nacional. A informação foi publicada pela coluna de Mônica Bergamo.

Em julho do ano passado, quando integrava o quadro “O Grande Debate”, da CNN, Feller citou estudos e disse que o discurso de Bolsonaro era responsável por pelo menos 10% das mortes por coronavírus no país.

Em pedido à PF, Mendonça afirmou que a acusação pode “lesar ou expor a perigo de lesão” o próprio regime democrático “e a pessoa do Presidente da República”.

Na época, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes acusou o Exército de se associar a um “genocídio” nesta pandemia. Feller também comentou a declaração do ministro. “Não é o Exército que é genocida, é o próprio presidente, politicamente falando”, disse.

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