Moro tira presidente do sério

Opinião

Brilhante, certeiro e oportuno o artigo que o ex-deputado Maurício Rands assinou, ontem, neste blog, sobre o descontrole emocional do presidente Lula. Rands não chegou a dizer isso, mas acho que Lula está governando com um sentimento de ódio tão grande que bem que poderia criar o núcleo vingança dentro da estrutura do seu até agora desgoverno.

Fica claro sua intenção, como chefe da Nação, de se vingar de uma só pessoa: o ex-juiz e agora senador Sérgio Moro (UB-PR). O que deu em Lula?”, foi a pergunta do findi. Várias teses foram aventadas. Sobre ter ressuscitado Moro, Lula estaria “escolhendo o adversário para 2026”. Isso porque, além da sua conhecida debilidade política, Moro não seria capaz de unir o campo político da direita populista autoritária a que pertence”, registra Rands.

Para acrescentar: “Um campo que ficaria ainda mais dividido entre pré-candidaturas como as dele e as de Michele Bolsonaro, Tarcísio de Freitas e Romeu Zema, na hipótese de inelegibilidade de Jair. Sobre o ataque a Roberto Campos Neto, Lula estaria antecipando um bode expiatório para a provável não entrega do “espetáculo de crescimento” prometido na campanha. Sobre o fantasma do complô americano, estaria reagindo a reflexos de uma velha esquerda nacionalista e estatista. Como se visasse a reenergizar o seu cercadinho, sem descer do palanque, ainda apostando na polarização”.

Rands diz, ainda que, para outros, “Lula teria sequelas emocionais da prisão por um juiz suspeito, que manipulou a instrução de seus processos, induziu o STF a erro, e agiu com interesses eleitoreiros hoje desnudados. Prisão e batidas policiais em sua residência que podem ter precipitado a morte de sua esposa. Proibição de dar o último adeus ao neto e ao irmão. Injustiças que mexeriam com qualquer ser humano”.

Lula do 9 de janeiro – Depois de sugerir o presidente a viajar menos, restringir entrevistas a pronunciamentos e trabalhar mais, Maurício Rands conclui: “Lula deveria antecipar o anúncio da nova regra de equilíbrio fiscal. Deveria acelerar a reforma tributária e envolver o governo federal cada vez mais no sistema nacional de segurança para combater a violência que inferniza as nossas vidas. Deveria promover uma revolução educacionista. Em suma, deveria se concentrar em reformas estruturantes. Para essa tarefa de reconstrução da boa governança, da pacificação do País e da realização de reformas estruturantes, o Brasil precisa mais do Lula do 9 de janeiro do que do Lula da última semana”.

Por Magno Martins

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