O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse estar “morrendo de saudades” do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. A declaração, feita à coluna Igor Gadelha, do portal Metrópoles, ocorreu nesta terça-feira (11), após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), revogar a decisão que impedia o contato entre os dois.

Segundo Bolsonaro, o comentário se trata de uma “forma carinhosa” de se expressar, explicando que estava se referindo à saudade que sentia do dirigente partidário, com quem não podia se comunicar desde fevereiro de 2024, quando Moraes impôs a restrição.

O magistrado é o relator do inquérito que investiga uma possível tentativa de golpe de Estado envolvendo Bolsonaro e seus aliados.

Em sua decisão, o ministro justificou que, como Valdemar não foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), não havia mais razão para manter as medidas cautelares contra ele, que incluíam a proibição de contato com o ex-presidente.

Além da liberação do contato, outras restrições contra Valdemar foram revogadas, como a retenção de seu passaporte e a proibição de sair do país ou participar de eventos das Forças Armadas e da Polícia Militar. O ministro também determinou a devolução de itens apreendidos com o presidente do PL, incluindo celulares, relógios de luxo e dinheiro, após a conclusão da perícia realizada pela Polícia Federal.

A decisão foi tomada após um pedido da defesa de Valdemar, que, junto com o advogado Marcelo Bessa, se reuniu com Moraes no STF para tratar do caso.

Durante o período em que a medida cautelar esteve em vigor, Bolsonaro e Valdemar se encontraram uma única vez, em dezembro de 2024, na missa de sétimo dia em homenagem à mãe do presidente do PL, encontro este que foi autorizado por Moraes.