‘O Brasil quer paz no campo’, diz Paulo Teixeira

O ministro do Desenvolvimento Agrário disse que a CPI do MST é uma forma de retaliação da direita por causa das investigações contra envolvidos nos atos golpistas

Paulo Teixeira e um ato do MST
Paulo Teixeira e um ato do MST (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados | Clarice Lissovsky/MST)

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, destacou em entrevista à TV 247 que políticos e pessoas apoiadoras da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST são favoráveis aos trabalhos da comissão porque existe uma tentativa de retaliar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por conta da CPI dos atos golpistas.

“Queremos paz no campo. Queremos que o Brasil se debruce na produção de alimentos”, disse. “Eles (CPI do MST) não têm o que investigar. Falta objeto. Essa CPI não deveria ser instalada. Estão com medo da CPI do 08/01”, afirmou.

O ministro também comentou sobre divergências políticas entre governistas e oposicionistas em relação à Agrishow, que aconteceu de 1 a 5 de maio em Ribeirão Preto (SP). “(Foi) Tentativa de golpe. Foi o 08/01 nas feiras”, disse.

Na entrevista, o ministro disse que o governo está com um “plano de reforma agrária pronto”.

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Em 26 de abril, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse ao presidente da Agrishow, Francisco Matturro, que não participaria se Jair Bolsonaro também estivesse presente. O titular da Agricultura afirmou que se sentiu “desconvidado” por causa da então possível presença do ex-ocupante do Planalto.

A CPI do MST foi instalada em um contexto de apurações de outra CPI, a das manifestações terroristas. As mobilizações do MST fizeram parte do chamado “Abril Vermelho”jornada anual em que integrantes do movimento lembram o massacre de Eldorado dos Carajás, em 1996, e cobra avanços na política de reforma agrária. Ao todo, 155 policiais militares estiveram envolvidos na operação que deixou 21 camponeses mortos.

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